sábado, 21 de novembro de 2009

Jardim lógico


Apetece-me saudar Paris. E, pacificamente, recordar o Maio de 68 e andar por aí a escrever nas paredes: "é proibido proibir", "exagerar é começar a inventar..." E coisas assim... Mas não! Não devo. Há que manter a compostura e não provocar o poder estabelecido - que livremente se votou.

Porra! A democracia é difícil. Quando quer ser educada. E convivente.

E, no meio disto tudo, que poder irão ter as Internetes no Depois de Amanhã? Será que haverá Depois de Amanhã? E se houver, face à crescente crise de natalidade, não será um Depois de Amanhã de gente concebida num "humanário", a partir de embriões, entretanto, feitos de gente crescida, adaptada a novo meio ambiente, inevitavelmente reformulado, onde novos talibans surjam como heróis a reproduzir? Haverá Hitlers a dirigir "isto"?...

Lida e relida, trago-a para aqui. Pelo sim, pelo não, pode ser útil Depois de Amanhã. É uma pequena passagem de uma carta de Ramalho Ortigão a John Bull: "Desde muito tempo que os arsenais nos estão dando este espectáculo funambulesco: inventar a couraça que resista à bala, para em seguida inventar a bala que fure a couraça, para voltar a reformar a couraça, para tornar aperfeiçoar a bala e assim sucessivamente, interminavelmente, até ao infinito."

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