quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Olhares


Na minha varanda quase ninguém me vê, mas, nem que seja com a ajuda de um periscópio, lá, nas Traseiras do Litoral, apesar de tudo, consegue ver-se muita coisa...É por isso que dou comigo a preencher o tempo com ideias, não sei se tolas, que, calmamente, vos quero transmitir.

Por exemplo:

Há uns anos, na rua, na rua lá da terra, que é nas Traseiras, só se viam cães vadios. Agora já encontramos muitos com coleira e trela.

Noutros tempos, as mulheres na aldeia (há aldeias nas Traseiras do Litoral...) quase todas tinham bigode preto. Agora não. Agora é loiro...

Há 50 anos, no cemitério, as flores eram portuguesas. Nos últimos anos, passaram a ser chinesas.

E coisas assim...Parvas, se calhar.Ou acham tudo normal?...

Continuarei em próxima intervenção, neste espaço universal, a interrogar (-me). Entretanto, se alguém pudesse traduzir isto, gostaria de saber, lá estou eu, como é que estas coisas se passam na China, por exemplo.

O que é quem têm feito aos cães?

De que cor são os bigodes das chinesas?

Há flores nos cemitérios? E, se sim, são de plástico ou das outras?...

Coisas assim, tolas.Mas para ver se, sem a ajuda retórica dos políticos, a gente consegue dar algum contributo para a Geografia Humana, a partir de uma qualquer varanda (embora já tenha testemunhado presencialmente que, por exemplo, na China não há varandas. Pormenores.
Já se percebeu a minha ideia, não já?... Venham as achegas. É tudo por agora, que a WEB quer discursos curtos e objectivos. Voltarei. Com mais olhadelas a partir da minha varanda, nas Traseiras do Litoral. O que se vê por lá, meus amigos!...

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