Caro José Rodrigues dos Santos
Amplio o breve mail que, urgente, esse sim, acabo de lhe enviar.
Andava eu neste bem-bom de ver as desgraças na televisão e nos jornais e de, apesar de tudo, as considerar ficção nos intervalos da publicidade, quando, um dia destes, pelos anos, por me saberem seu fiel ouvinte e espectador, me ofereceram a "Fúria Divina".
Ora eu que tenho jornadeado por aí, há mais de 70 anos, a tentar distrair-me com a vida e a não querer saber de (grandes) desgraças, não merecia ler o que li... Poderia ter escrito o que (muito bem!) escreveu, mas, avisar logo nas primeiras páginas que "Todas as referências técnicas e históricas e todas as citações religiosas incluídas neste romance são VERDADEIRAS", pode ser honesto, sério, mas é excessivo... Concordará.
Francamente, José!
Andei eu a escrever tranquilas "Cartas à Minha Neta",
e a querer publicá-las, e vem um cidadão respeitável como Você tirar-me deste banho-maria de que tanto preciso para me aguentar nas canetas...
Fiquei a pensar, calcule, que estamos a caminho - se é que basta...- da necessidade dramática de criar uma qualquer PIDE - Polícia de Informação e Defesa da Europa... Um horror!
Não é verdade, pois não, José? Você o que fez foi um romance, apenas um romance, uma ficção bem estruturada, não foi?... Uma excelentíssima obra de ficção.
Parabéns por isso.
Deixa-o, com um grande abraço, o M.A.
P.S.-
A minha neta, agora com 20 anos, a que dediquei mais de duzentas páginas do citado livro a haver, e que gosta muito de si, quando era gaiatita e o via nas guerras, por onde teve que ser, dizia:
"ai, ai, ai, o Zé ali!..."
Amplio o breve mail que, urgente, esse sim, acabo de lhe enviar.
Andava eu neste bem-bom de ver as desgraças na televisão e nos jornais e de, apesar de tudo, as considerar ficção nos intervalos da publicidade, quando, um dia destes, pelos anos, por me saberem seu fiel ouvinte e espectador, me ofereceram a "Fúria Divina".
Ora eu que tenho jornadeado por aí, há mais de 70 anos, a tentar distrair-me com a vida e a não querer saber de (grandes) desgraças, não merecia ler o que li... Poderia ter escrito o que (muito bem!) escreveu, mas, avisar logo nas primeiras páginas que "Todas as referências técnicas e históricas e todas as citações religiosas incluídas neste romance são VERDADEIRAS", pode ser honesto, sério, mas é excessivo... Concordará.
Francamente, José!
Andei eu a escrever tranquilas "Cartas à Minha Neta",
e a querer publicá-las, e vem um cidadão respeitável como Você tirar-me deste banho-maria de que tanto preciso para me aguentar nas canetas...
Fiquei a pensar, calcule, que estamos a caminho - se é que basta...- da necessidade dramática de criar uma qualquer PIDE - Polícia de Informação e Defesa da Europa... Um horror!
Não é verdade, pois não, José? Você o que fez foi um romance, apenas um romance, uma ficção bem estruturada, não foi?... Uma excelentíssima obra de ficção.
Parabéns por isso.
Deixa-o, com um grande abraço, o M.A.
P.S.-
A minha neta, agora com 20 anos, a que dediquei mais de duzentas páginas do citado livro a haver, e que gosta muito de si, quando era gaiatita e o via nas guerras, por onde teve que ser, dizia:
"ai, ai, ai, o Zé ali!..."
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