Olá, Catarina!
Já tinha saudades tuas, mas, sabes, agora há para aí uma coisa a que chamam, em estrangeiro, "facebook" (feice buque) e tenho-me dispersado um pouco... A minha ideia é levar a tua voz aos que ainda sabem ler - e, calcula tu, lêem!... Não sei é se lêem o que escrevo, mas consta-me que sabem ler... Aqui para nós, já lhes disse que, se quiserem podem encontrar-se comigo na ruadojardim7.blogspot.com que é um sítio onde aproveito para contar, entre outras histórias de vida, a tua, que é triste, mas corajosa e verdadeira.
Mas, não tenhas falsas esperanças, também por aqui há muitos donos das torneiras e da electricidade, como na tua favela... Levam-nos coiro e cabelo. O que eles têm muito é cartazes.Volta não volta, aí estão eles na televisão.
"De borla?..."
Qual borla, qual história, menina: aparecem a criticar - mas pagam-lhes. Eu sei que tu, mulher de muitos ossos e pouca carne, nem acreditas, mas é verdade. Digo-to eu que fui criado a ver crescer calos nas mãos (devo estar a meter água com esta história (o estatuto...)...Vais ver que há menino que não me vai ler, nem a mim, nem a ti. O que quer é... Nem sei!... Sucata, será?...).
Seja o que Deus/Alá/Ou Outro (s) quiser, aí vai mais um pouco do teu livro:
"... Mas eu já observei os nossos políticos. Para observá-los fui na Assembleia. A sucursal do Purgatorio, porque a matriz é a sede do Serviço Social, no palacio do Governo. Foi lá que eu vi ranger de dentes. Vi os pobres sair chorando. E as lágrimas dos pobres comove os poetas. Não comove os poetas de salão. Mas os poetas do lixo, os idealistas das favelas, um expectador que assiste e observa as trajedias que os politicos representam em relação ao povo."
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