Faz hoje anos que se deu o achamento do Brasil (22 de Abril de 1500), depois...depois de: "terça-feira das Oitavas da Páscoa, que foram vinte e um dias de Abril, topamos alguns sinais de terra, estando distantes da dita ilha, segundo diziam os pilotos, obra de 600 ou 670 léguas... E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves que chamam "fura-buxos". Nesse mesmo dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra!"
"...Primeiramente...um grande monte, mui alto e redondo...ao qual monte alto o capitão pôs nome O Monte Pascal e à terra A Terra de Vera Cruz", que "é de muito bons ares..."
Salto, quiçá, abruptamente, que os internautas são de leituras rápidas, para o apontamento que escrevi numa edição especial de O DIA, em 5 de Setembro de 1980:
"(...) Não sou de intrigas. Nesta coisa de rivalidades, tipo Lisboa-Porto, o melhor é não fazer juízos precipitados, tanto mais que o que me apetece salientar é que não é S. Paulo que trabalha: o dinâmico da questão não é este ou aquele senhor ou grupo de senhores, mas o Brasil. Força tem o país, ele próprio. Quem empurra não são as pessoas, é a terra, que é rica e imparável. Não tenho a certeza de que os brasileiros são diligentes. Ao invés, o que sinto é que o meio é que o obriga a andar para a frente."
Actualizando o discurso, o que me apetece dizer AGORA ao Brasil é semelhante ao escrito em 1980: a terra é quem mais ordena. Basta um bom olheiro para tudo andar... Assim vistas as coisas, afinal quem é Lula, em termos académicos? Talvez o menos...de sempre... Só que...
E mais não escrevo hoje acerca desta "estada" no Brasil. Brasil que, em regra, é pretexto para rasgados elogios aos contemporâneos portugueses. Que seja, caramba! Mas o que eu queria era vê-los (agora) aqui, onde a terra não é (não é ) graciosa... E o samba é fado...
Livro de consulta: "Os Portugueses no Mundo", de M.A.
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