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"... Vizinhos de sempre, ligados pelas quietas águas do Lima, foi ainda na Galiza que El-Rei D. Fernando e D. Afonso V encontraram apoio para as suas efémeras pretensões dinásticas - apoio de alguns magnates galegos mais sensíveis aos laços de vassalidade do que à incipiente noção de pátria, os quais - lá como cá (pois o mesmo sucedera com os grandes senhores portugueses que haviam passado a Castela em tempo do Mestre de Avis) - honradamente defenderam o princípio da sucessão legítima, alheios a uma esplenderosa realidade política de que os Reis Católicos e o Príncipe Perfeito seriam os geniais obreiros, para maior glória das duas nações peninsulares.
Politicamente separados, o norte de Portugal e a Galiza, encontravam-se todavia unidos por muitos laços históricos e culturais e por uma estreita vizinhança de que resultaria, no decorrer dos séculos, a fixação de numerosas famílias galegas no nosso território, e vice-versa (...).
in "Panorama" (Set./Dez. 1970), artigo assinado por António Pedro de Sousa Leite, que não esqueço.
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