1. Adquirido algum "prestígio", mercê de iniciativas pessoais empreendidas com êxito editorial (sabe-se) e patrocínios (quase) garantidos, alguém dos jornais acordou um dia a pensar propor-se fazer, nada mais nada menos, do que uma visita a várias comunidades portuguesas no Mundo. Ao que se sabe, um trabalho para cerca de três (TRÊS) meses - fora do país.
Terá chegado ao periódico, falado com uma única pessoa com poderes deliberativos e, passada uma semana, a ideia terá sido aprovada sem ondas e...e começado por Goa...
Quando regressou, consta, havia um certo bruá na redacção do jornal... Mas o êxito consumara-se. Sem merdelhices.
2. Doutra feita, noutro jornal, um "interno" terá ouvido falar de um grande evento público da responsabilidade da comunidade portuguesa em S.Paulo (Brasil) e, em silêncio, visto aí uma excelente oportunidade de reportagem. Com despesas totais (e eventuais receitas) perfeitamente estimavéis.
Em silêncio, terá feito contas. Conhece-se a luz verde obtida, também sem ondas... Diz-se mesmo, neste caso, que a coisa foi um êxito. Só que...só que ninguém terá reparado que o acontecimento a cobrir tinha lugar por...por altura do Carnaval...
Resultado: foi possível (quase dá vontade de rir...) não dormir no Rio entre as 9 da noite e as 9 da manhã e aproveitar o trânsito, no caso, obrigatório, para passar a noite no Sambódromo e, a seguir, aparecer "fresco" em S. Paulo para trabalhar.
Missão cumprida! Não se falou mais nisso. Merdelhices, filhadaputices, na circunstância, zero!
O que não parece difícil adivinhar, Zé, é o que teria sido acontecido se não tivesse sido como foi... Por muito que doa. Há questões intestina(i)s, nos jornais que não te passam pela cabeça. Tenho a certeza.
* "Inspirado" no "post" de 1 de Novembro de 2009, "Para que serve um jornal".
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