Podia ter-me dado para pior. Ao longo de um mês, "sozinho", de gravador à tiracolo, e mais de uma dúzia de "cassettes" na bagagem, procurei gravar "tudo" o que havia para gravar num cruzeiro ao Brasil, a bordo do Infante D. Henrique: impressões de viagem, ambientes, emoções, espectáculos (a bordo ou não), falas e esse momento único que é a chegada à baía de Guanabara.
E até a "poesia" do vendedor ambulante (carioca) que, no Rio, na hora da despedida, em pleno cais de embarque cantarolou simplicidade para o gravador do "portuga", do Cruzeiro da Amizade, como lhe chamaram:
Tenho visto muitas coisa nesta vida de ambulante
Vendendo os meus boletos - já tenho idade bastante
Agora eu conto o gracejo que achei interessante:
O próximo ano passado viajei para Sergipe
Lá não pude trabalhar muito, atacado de gripe...
Passei na feira para melhor distracção
E lá onde vende frutas, ouvi esta conversação
De um matuto com outro, fiquei com esta matação...
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Agora, agora não: chegou mais um cliente e acabou-se a reinação...
Adeus, Brasiú!
(talvez, em qualquer altura, venha a respigar, das notas gravadas, uma ou outra emoção, eventualmente interessante...Mas não prometo...
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