Jorge Borges de Macedo, historiador...
(...) As soluções portuguesas nunca foram suprimir as sociedades "anteriores" e "fabricar" outras. Nunca se procedeu assim em qualquer revolução que em Portugal se tenha feito. O nosso processo visa conhecer as dimensões e características da sociedade como ela está e procurar soluções para o seu conjunto nacional onde o português se sente bem, embora o critique.
(...) Quando o povo português não "vê" relações entre as propostas que lhe fazem e a sua capacidade interna para as ajustar, consegue sempre adiar a solução invocada e espera. (...). Portugal é muito mais antigo do que os problemas que hoje o afligem. O Mercado Comum não pode aparecer - porque não é -como uma solução obrigatória ou única.
(...) A apresentação do Mercado Comum como uma solução única para os nossos problemas inferioriza-nos porque nos retira capacidade de recusa, quando já, por diversas vezes, foi regateado o nosso ingresso (...).
...escreveu.
* in "Os Portugueses no Mundo", de M.A.
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