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Conto? Não conto? Conto. Conto porque é Natal. E não só...


Um dia, numa sala com, salvo erro, seis doentes, Páscoa foi como se fosse Natal.


Eramos, de facto, seis. Só que eu, apesar de tudo, sentindo-me menos doente do que os demais, no enorme hospital lisboeta de Santa Maria,  percebi  que naquele espaço de cerca de 30 m2,  a maior parte era gente"da província" e...e por isso, em princípio,  mais afastada da respectiva família ... Conclusão: impunha-se tentar "passar" a Páscoa como se todos estivessemos, não na Páscoa, mas ... mas no Natal, "à lareira..."


Tudo ponderado, pedi, por isso, à minha família que me levasse, na visita do dia de Páscoa ... um gravador...


 Assim foi. Na hora própria, passada a chamada hora "da visita", o que se fez foi...foi gravar em fita, para a posteridade, as "modas" de cada um...


E, depois, até adormecer, ninguém mais falou doutra coisa a não ser de cantigas... Que não de dores, febres, remédios, chatices...


Porquê esta "conversa"?


Porque quero dizer aos que, também sem me conhecerem,  me "cantam", encantam com o seu interesse, quanto os respeito na sua diversidade social, religiosa e política. Nesta espécie de hospital em que todos estamos, afinal, "internados", a pedir que nos oiçam ...


Onde quer, pois, que vivam, ou sobrevivam, mas, sobretudo, aos que me surpreendem com o seu clicar, algures, por exemplo, numa "inesperada" Colômbia ou numa europeia, mas distante, Croácia, um luso bem-haja! "Thank you, very much!"


 "Natal é quando um homem quiser!..." E vocês, meus Amigos, querem-no todos os dias - ou quase.


Um abraço do tamanho do mundo para todos! YOUTUBEMOS!