(Este seu/meu livro foi-me oferecido pela minha neta e pela minha filha quando fiz 55 anos...) |
As minhas homenagens à sua coerência vão aí, nas breves linhas que lhe dediquei em 1993 - em liberdade, no "Diário de Coimbra".
"Eu, que não tinha especial admiração por Urbano Tavares Rodrigues, embora lhe conhecesse parte da obra literária e o calor que punha na defesa dos seus ideais, sou, de repente, confrontado com a entrevista concedida há dias ao "Diário de Notícias" pelo autor de "Horas Perdidas", que, pelo menos, à primeira vista, me pareceu de grande coragem política e intelectual.
Documento os leitores, relembrando breves passagens desse depoimento:
"Desmoronou-se muito do mundo em que acreditava..."
"Foi horrível! Foi horrível ver que aquele mundo (comunista) não era o que imaginava, que era outra coisa; embora eu soubesse que havia nele muitos defeitos, pensava que tudo se ia resolver e que a democracia socialista seria implantada"
"Estou no Partido Comunista porque acredito ser dentro dele que, apesar de tudo, pode vir a surgir algo de novo..."
Que pena tamanho desassombro anteceder o lançamento comercial de um livro seu... Esta sociedade de consumo..."
E mais não escrevi.
(87!!! Bravo! Ainda mantém as quotas em dia, Professor?... Diga-me que sim.)
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