A meu ver, o comendador Jaime Viana tinha, no interesse dos demais portugueses no então Zaire, uma espécie de amizade-aliança estratégica com Mobutu, o malabarista do poder, senhor de uma fortuna incomensurável e, e, e... Morreu, entretanto, como os outros mortais, obviamente. A pensar em quê, não se sabe. O que se sabe é que já cá não está, sem ter incomodado Portugal, creio.
Estive em Kinshasa por duas vezes, a última das quais coincidente com uma comemoração nacional zairense de que não me ocorre, nem é importante, digo eu, "o título". O que sei é que, graças a Jaime Viana e à sua proximidade com Mobutu, tive oportunidade de assistir a um desfile militar em janela privilegiada, frente à tribuna presidencial zairense. Lembro-me, entretanto, das inúmeras vezes que indivíduos "estranhos" se acercaram de mim ... para... Não sei...
A importância das duas fotos que ilustram este "post" é essa: são, ou devem ser, únicas - naquela posição estratégica e frontal em relação a uma tribuna, por certo, vigiadíssima. Devo-as às boas relações Jaime Viana-Mobutu. E aqui as registo. Apenas com a importância que têm. Numa delas, está Mobutu, de pé num "jeep", a passar revista às tropas. É tudo. Ou não é tudo, mas é o que sei, e pode, eventualmente, ser subsídio para a pequena história das coisas, das amizades especialíssimas como esta sempre me pareceu... E está à espera de que alguém a conte...
Num banco de jardim, pela minha parte, foi o que consegui dar à História. Já da amizade de Jaime Viana, muito mais, o melhor: Grande Amigo, que a saudade recorda com frequência. E que gostaria de ver publicamente homenageado por quantos, no ex-Zaire, ao que julgo saber, tanto lhe ficaram a dever. Nunca é tarde...
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