domingo, 3 de abril de 2011

Saudades de um César de Oliveira ...

Antes de qualquer crítica, um grande aplauso, um aplauso de pé, ao programa PORTUGUESES PELO MUNDO, transmitido pela RTP. Brilhante! Dispendioso, de certeza. Mas excelente! Síntese notável. Um documento.

O desagrado: pela qualidade muito discutível dos programas de variedades transmitidos pelo Canal Um. Dir-me-ão que há uma nova maneira de fazer humor. Talvez - desde que, fazendo pensar, faça, pelo menos,
sorrir... E não é o caso. Até Hermann José parece gasto.

Piadas assim, por exemplo...

Claro que já não temos um César de Oliveira entre nós (o homem que quis, diz-se, que ninguém o visse morto...); claro que lidar com La Féria não deve ser simples, mas a crítica é esta: sem espectáculos do nível de um Sabadabadu, de César de Oliveira, ou de uma Grande Noite, de Filipe La Féria, não vamos a lado nenhum.

 Esgotamos as capacidades dos bons actores que temos por falta de imaginação. Por falta de criatividade. Que nem sempre quer dizer falta de dinheiro, digo eu. Observem-se as tentativas que estão no ar AGORA e pense-se no desperdício de potenciais talentos que aí se esgotam - para quase nada...

Rir também é urgente. Criatividade precisa-se. Os bonecos do Contra Informação estão esgotados, disse-se. E o que é que nos deram em substituição? Noutros canais, embora, foi, em vários casos, o pipular, o nivelar por baixo...

E assim vamos: Sócrates, para aqui, Sócrates para acolá... "Ao almoço, ao jantar e a ceia..."

"Apagada e vil tristeza!..."

Meus senhores, então?!...

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