"... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
E eu, de costas no chão, procuro ler
De bruços sobre o chão, procuro ouvir,
Na luz do céu do entardecer,
No sussurrar da noite a abrir.
O quê?!... Não sei. Só sei que vou chamando.
E que em meus lábios, minhas mãos.
São restos, já, de não sei quando
Gritos que aflorem, gestos vãos ...
Desvendarei, por fim, incerto clarear?
Dintinguirei, por fim, o rumor subterrâneo?
Este ir chegando, enfim, será chegar?
Entreverei o eterno, ainda que instantâneo?
Só sei que vou chegando, e a tarde é sossegada.
Sem armas, sem escudo ...
Chegando a quê? Talvez a nada.
Talvez a tudo."
É preciso chegar a amanhã - que é Dia de Portugal, como depois de amanhã ... E ontem.
Goa - Janeiro de 1980 |
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