A pressão exercida pelo dia-a-dia do nosso tempo é terrível, de facto.
Mas ... mas... - disse-o, escreveu-o René Huyghe, que foi professor do Colégio de França e Conservador-chefe honorário do Museu do Louvre:
"ACEITAR PASSIVAMENTE AS PRESSÕES DA ÉPOCA OU ATÉ AMPLIÁ-LAS TEM O SEU QUÊ DE LEVIANDADE OU DE COBARDIA. QUERER IGNORÁ-LAS, NEGÁ-LAS SISTEMATICAMENTE, O SEU QUÊ DE IMBECILIDADE.
É TÃO INÚTIL, NA PRESENÇA DE UM CAVALO DESENFREADO, AGARRARMO-NOS A ELE, POIS NOS ARRASTARÁ, COMO LANÇARMO-NOS NO SEU CAMINHO, POIS NOS DERRUBARÁ. O HOMEM SENSATO TENTA ACOMPANHÁ-LO NA CORRIDA PARA LHE PEGAR NAS RÉDEAS E, PELO MENOS, TENTAR GUIAR, NA MELHOR DIRECÇÃO, UMA ENERGIA ATÉ AÍ INDOMADA.
(...) A TAREFA DO HOMEM QUE, APETRECHADO COM A CONSCIÊNCIA HISTÓRICA, PODE ELEVAR-SE UM POUCO MAIS ALTO DO QUE OS OUTROS, ACIMA DAS PAIXÕES DO MOMENTO, CONSISTE EM NÃO ENTRAVAR A NOVIDADE QUE SE ELABORA, MAS, TAMBÉM, SEM TAMANHA E CEGA PAIXÃO, EVITAR O DESPERDÍCIO DOS VALORES QUE DERAM AS SUAS PROVAS."
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