"(...) ao meio-dia, no Palácio da Ajuda, tomei posse como primeiro-ministro. (...) A minha mulher assistiu à cerimónia (...). Tinha muita dificuldade em convencer-me de que não estava a viver um sonho ou pesadelo e que era eu mesmo que estava ali, ao lado do Presidente da República (...) rodeado de ministros e de altas individualidades da vida portuguesa, diante das câmaras de televisão e de um batalhão de jornalistas e fotógrafos.
Como poderia ter chegado a chefe do Governo (...) ?" *
* in Aníbal Cavaco Silva - Autobiografia Política (1)
Depois de ...
"Quando chamava uma pessoa ao meu gabinete para convidá-la para ministro, não lhe dirigia imediatamente o convite. Podia começar por dizer-lhe que me tinham feitos boas referências sobre a sua capacidade de decisão e sentido político, para ver como ela reagia. Desta forma, tentava apurar a vontade de vir ou não a integrar o Governo. Se eu verificasse que ser Governo estava totalmente fora dos seus planos e que seria difícil demovê-la, acabava por não lhe dirigir o convite formal. Assim, não poderia dizer que fora convidada
para ministro e recusara." **
** in Aníbal Cavaco Silva - Autobiografia Política (2)
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| Banco do Poder? Quiçá... Parece-me um bocadinho duro, mas florido ... Digamos mesmo, até... até romântico para quem começa ... "Estou a imaginar-me aqui com a minha ...Oh!... Oh! Apetece-me ópera. Ó pe raaa!... (ópera de operários, claro...)" |
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