sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Giethoorn - a Dutch Idyll
Veneza holandesa, chamam-lhe.
Será possível viver com tanta tranquilidade?...
Será que não têm, ao menos, um bocadinho de INTERNET,
ao lanche, por exemplo?...
Onde é que os habitantes desta localidade passam férias?
Isaltino Morais - autarca
Não posso dizer que "nunca o vi mais gordo..." Vi-o, sozinho, uma vez, em andamento acelerado, no Passeio Marítimo, onde o concelho de Oeiras vai directamente a banhos ao Tejo.
E ... e apetece-me escrevê-lo: chateia-me, chateia-me!, num país onde não há muitas Oeiras, saber Isaltino Morais preso.
Quem sou eu para pôr em causa a Justiça que lhe ditou a sentença. O que sei é, sobretudo agora, na hora da fuga dos ratos, que devo, ainda que sem qualquer influência ou juízo, deixar aqui expresso ao autarca o meu apreço pela obra realizada - numa zona do país a que, nem pessoalmente, nem de forma indirecta, nada me liga.
Cumpra-se a Justiça, mas, no final, dite-se tudo, mas tudo, para a Acta ...
E ... e apetece-me escrevê-lo: chateia-me, chateia-me!, num país onde não há muitas Oeiras, saber Isaltino Morais preso.
Quem sou eu para pôr em causa a Justiça que lhe ditou a sentença. O que sei é, sobretudo agora, na hora da fuga dos ratos, que devo, ainda que sem qualquer influência ou juízo, deixar aqui expresso ao autarca o meu apreço pela obra realizada - numa zona do país a que, nem pessoalmente, nem de forma indirecta, nada me liga.
Cumpra-se a Justiça, mas, no final, dite-se tudo, mas tudo, para a Acta ...
Café La Paix
Um e-mail recentemente recebido levou-me ao parisiense Café La Paix. Quase cinquenta anos depois de lá ter estado.
"Que importância tem isso para mim?..." - perguntarão muitos dos que, amáveis, se sentam a meu lado neste jardim.
Talvez nenhuma. O que posso acrescentar é o que me foi dito quando lá me sentei com um amigo: "nunca mais te vais esquecer deste momento ..."
E isso é verdade. Localizo-o agora que mo trazem à conversa:
- situa-se a dois passos da Ópera de Paris e faz ângulo com o boulevard des Capucines. É uma construção ao estilo de Napoleão III, no piso térreo do agora Hotel InterContinental;
- foi projectado pelo arquitecto que criou o edifício da Ópera de Paris - Charles Garnier;
- já agora, por lá passaram, além do autor deste blogue (fica escrito...), entre outros, Sergei Diaghilev, o Princípe de Gales, Eduardo VII, Tchaikovski, Massena, Zola e Maupassant.
"Que importância tem isso para mim?..." - perguntarão muitos dos que, amáveis, se sentam a meu lado neste jardim.
Talvez nenhuma. O que posso acrescentar é o que me foi dito quando lá me sentei com um amigo: "nunca mais te vais esquecer deste momento ..."
E isso é verdade. Localizo-o agora que mo trazem à conversa:
- situa-se a dois passos da Ópera de Paris e faz ângulo com o boulevard des Capucines. É uma construção ao estilo de Napoleão III, no piso térreo do agora Hotel InterContinental;
- foi projectado pelo arquitecto que criou o edifício da Ópera de Paris - Charles Garnier;
- já agora, por lá passaram, além do autor deste blogue (fica escrito...), entre outros, Sergei Diaghilev, o Princípe de Gales, Eduardo VII, Tchaikovski, Massena, Zola e Maupassant.
Official Ottawa Greek Festival (GreekFest) Flash Mob
Impõe-se-me que escreva: é da Austrália que me chega o "mail" que aqui ajudo a divulgar, a partir do You Tube. Obrigado, Amigo (s)! Em tempos difíceis, zorbemos!
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
No Dia Mundial do Coração
Pretexto para lembrar Vergílio Ferreira in PENSAR
Aproveita a vida enquanto ela é vida dentro de ti. Aproveita o teu corpo enquanto és tu que lá moras. Aproveita.
Primeiro tens mais espírito do que corpo e há dentro de ti uma convulsão de ideias, uma agitação insofrida de projectos, resoluções, descobertas.
Depois a convulsão abranda e começas a viver das ideias amealhadas.
Depois, pouco a pouco, vais perdendo essas ideias ou vai-las esquecendo no sótão de ti.
Depois resta só uma ou duas com que te vais governando.
E por fim ficarás só com a carcaça do teu corpo, sem interior nenhum, e que as leis municipais estão à espera que se despache para te atirarem à fossa.
Aproveita o teu corpo enquanto estás dentro dele. Aproveita enquanto estás.
E procura não esquecer o coração - se gostas de sentir as flores do teu jardim
(acrescento eu, hoje, que é dia de dizer frases ...).
Aproveita a vida enquanto ela é vida dentro de ti. Aproveita o teu corpo enquanto és tu que lá moras. Aproveita.
Primeiro tens mais espírito do que corpo e há dentro de ti uma convulsão de ideias, uma agitação insofrida de projectos, resoluções, descobertas.
Depois a convulsão abranda e começas a viver das ideias amealhadas.
Depois, pouco a pouco, vais perdendo essas ideias ou vai-las esquecendo no sótão de ti.
Depois resta só uma ou duas com que te vais governando.
E por fim ficarás só com a carcaça do teu corpo, sem interior nenhum, e que as leis municipais estão à espera que se despache para te atirarem à fossa.
Aproveita o teu corpo enquanto estás dentro dele. Aproveita enquanto estás.
E procura não esquecer o coração - se gostas de sentir as flores do teu jardim
(acrescento eu, hoje, que é dia de dizer frases ...).
Comunidade Portuguesa na Austrália ( I )
"Nutro pela Comunidade Portuguesa na Austrália
grande admiração e apreço" Ramos Horta
Do livro
Entre Vistas nos Arredores das Montanhas Azuis
de M.A.
A partir de hoje, algumas curtas passagens do que os nossos disseram e foi divulgado em 2001.
"A língua portuguesa é um problema. Claro que os mais antigos continuam a falar português, até porque, muitos deles nunca aprenderam a falar inglês a sério. O emigrante que vem para a Austrália já com uma certa idade, nunca chega a dominar a língua inglesa. Fala e tal ... De resto, em muitos casos, trabalha em fábricas ou em serviços em que há italianos e gregos, onde, portanto, não raro, o inglês não é o idioma dominante. Muitos nem se esforçam, nem têm, talvez, sequer, bagagem para se dedicarem a um estudo profundo. Agora a segunda geração, essa, é um problema, porque acaba por perder a língua portuguesa. Há uma tentativa de evitar isso, através de escolas étnicas que funcionam, praticamente, uma vez ou duas por semana, com dificuldades.
O assunto é igual em todos os estados, porque o jovem, filho de emigrante, que já começa a integrar-se nas escolas locais, tem também amigos australianos com quem convive e, por isso, acaba por perder o contacto regular com a nossa língua. Há falta de comunicação, falta de diálogo em português e, assim sendo, depois de algumas gerações, há o perigo de, gradualmente, a língua portuguesa desaparecer. Ou perder ímpeto."
grande admiração e apreço" Ramos Horta
Do livro
Entre Vistas nos Arredores das Montanhas Azuis
de M.A.
A partir de hoje, algumas curtas passagens do que os nossos disseram e foi divulgado em 2001.
"A língua portuguesa é um problema. Claro que os mais antigos continuam a falar português, até porque, muitos deles nunca aprenderam a falar inglês a sério. O emigrante que vem para a Austrália já com uma certa idade, nunca chega a dominar a língua inglesa. Fala e tal ... De resto, em muitos casos, trabalha em fábricas ou em serviços em que há italianos e gregos, onde, portanto, não raro, o inglês não é o idioma dominante. Muitos nem se esforçam, nem têm, talvez, sequer, bagagem para se dedicarem a um estudo profundo. Agora a segunda geração, essa, é um problema, porque acaba por perder a língua portuguesa. Há uma tentativa de evitar isso, através de escolas étnicas que funcionam, praticamente, uma vez ou duas por semana, com dificuldades.
O assunto é igual em todos os estados, porque o jovem, filho de emigrante, que já começa a integrar-se nas escolas locais, tem também amigos australianos com quem convive e, por isso, acaba por perder o contacto regular com a nossa língua. Há falta de comunicação, falta de diálogo em português e, assim sendo, depois de algumas gerações, há o perigo de, gradualmente, a língua portuguesa desaparecer. Ou perder ímpeto."
A Madeira do João
Com o João mascarado,
É famoso o Carnaval,
Da Madeira que dá brado,
Antes que chegue o fiscal
Chegado este, ai Jesus,
Empresta ai q'eu já pago.
Finge q'és avestruz
Enquanto eu o afago
"É só mais uma inauguração,
Estamos a cumprir um dever,
Fica aberta a sessão
Enquanto os não mando ... volver ..."
É famoso o Carnaval,
Da Madeira que dá brado,
Antes que chegue o fiscal
Chegado este, ai Jesus,
Empresta ai q'eu já pago.
Finge q'és avestruz
Enquanto eu o afago
"É só mais uma inauguração,
Estamos a cumprir um dever,
Fica aberta a sessão
Enquanto os não mando ... volver ..."
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Patrícia Taz "filha" de Margarida Sequerra
Margarida Sequerra, agora que é crescida, é "mãe" de Patrícia Taz, que ousou um livro (Facto Binário), o seu primeiro livro, mas para nós (p'ra minha mulher e p'ra mim) é a Guida - que brincava com outras crianças também acabadas de chegar ao verde da relva, aos bancos do jardim, às caixas de areia, aos triciclos, às bolas com muitas cores. A tudo o que era sorridente e belo. E dançava, dançava no interior da sua inocência. Feliz e Simples. À espera do homem dos gelados ...
Corpo a Gosto
Levas-me para longe da multidão.
Pegas no teu pé e dás-me o braço.
Roçam os joelhos, apetece o abraço
Que os outros viram de antemão.
Dos olhos jorram desejos ardentes.
De nossas bocas sai o que não se sente.
Sedenta semente de namoro pungente,
Tesouro bem guardado entre dentes.
Em nossas mentes amores secretos,
Afectos. Planos arquitectados, enganos.
Dez dedos não chegam para os anos
Em que estes amores foram discretos.
Amamo-nos por breves instantes.
No ar, a maresia, beijos vibrantes,
Sons ofegantes, odores escaldantes ...
Que eles passem a ser constantes.
No coração a razão não dá palpite.
Se o tempo fosse todo seguido
Queria estar todo o tempo contigo
Mas o raio do tempo não permite.
Meus ouvidos não lembram tua voz.
As cicatrizes, as cruzes e os dós,
Ficavam todos reduzidos a pó, após
Ela vir ter comigo em seu voar veloz.
Espero-te sozinha no meu cortiço.
Escorre licor de amor pelos favos de mel,
Pus a tocar na vitrola o Bolero, de Ravel,
Para me enovelar contigo neste feitiço.
Por falar em desejo sexual,
Ele disse-me que tu és o tal.
Na minha jóia o calor é infernal!
Sei o que sinto. Que sei eu afinal?
Os restantes meus outros órgãos,
A língua, o estômago, qual seja,
Todos eles mostram a quem veja
Que, por devoção, eles são peões.
Tenho os rins numa desgraça,
O endométrio cheio de traça.
Sem ti, fico uma velha carcaça
Pedindo migalhas a quem passa.
Fogo com fogo aumenta a chama.
As pernas ficam-se-me bambas,
A minha bomba bombeia sambas
Quando minha alma diz que te ama.
Aqui tens o meu corpo a gosto.
Tendo-o agora assim exposto,
Da cabeça aos pés, eu aposto,
Que a ficar comigo estás disposto.
Quando as comadres se zangarem ...
A ser verdade o que se diz acerca das contas da Madeira, apenas uma palavra (macia, embora), escolhida num dicionário de sinónimos rasca: patranha. Até prova em contrário.
Entretanto, fica a doer-me a alma se não se acabar por ultrapassar o politica e conjunturalmente correcto para dizer também, alto e bom som, o que se fez por cá, no mesmo período, no Contenente, e, já agora, sob responsabilidade de ...
Uma coisa sabemos: a História é implacável e, tarde ou cedo, vai revelar tudo. Um criminoso americano, fugido (há quarenta anos!) das autoridades dos USA, acaba de ser preso em Portugal. Foi uma questão de tempo ... No caso, no nosso caso (o das Contas) é mais fácil, é só esperar que as comadres se zanguem ... Se o processo da Madeira demorar, pode até agendar-se um dia destes o encontro de Alto Nível a haver nas ... nas Berlengas, por exemplo.
Entretanto, fica a doer-me a alma se não se acabar por ultrapassar o politica e conjunturalmente correcto para dizer também, alto e bom som, o que se fez por cá, no mesmo período, no Contenente, e, já agora, sob responsabilidade de ...
Uma coisa sabemos: a História é implacável e, tarde ou cedo, vai revelar tudo. Um criminoso americano, fugido (há quarenta anos!) das autoridades dos USA, acaba de ser preso em Portugal. Foi uma questão de tempo ... No caso, no nosso caso (o das Contas) é mais fácil, é só esperar que as comadres se zanguem ... Se o processo da Madeira demorar, pode até agendar-se um dia destes o encontro de Alto Nível a haver nas ... nas Berlengas, por exemplo.
Rostos
Arlete da Paixão Corrêa - presente!
Conheci-a, já em fase difícil da sua doença, no Hospital de Santa Marta, em Lisboa, mas há na minha casa quem a tenha conhecido melhor: Arlete da Paixão Corrêa, que, se fosse viva, rondaria agora, se não me falham as contas, cerca de 90 anos e que, não sendo de Portalegre, dedicou à cidade parte do encanto do seu estar e ser. Chamo-a hoje p'ra aqui, para esta roda de agricultores de palavras, que saltitam por aí como os pássaros, de blogue em blogue, onde, se calhar, nunca ninguém a "convidou" a dizer um poema ...
Ao avistar de longe casario
Com as torres da Sé lembrando o céu,
Mato saudades ... de contente eu rio,
Porque ao deixar-te deixo o peito meu.
E ao sentir a minha alma presa a ti,
Dos teus encantos - outros jamais vi -
Que de crianças admiro ... Sem mentir
Te afirmo, oh! linda Amaia verdejante,
Tudo o que tens é belo, fascinante!
- Sempre te hei-de cantar e preferir.
Embora goste de te ver,
Me sinta tão feliz no teu regaço
- Que a desventura em ti não tem espaço -
Não foste tu o berço do meu ser.
Que importa não ter vindo em ti nascer
E não ter do teu seio um só pedaço?
Mas deste, carinhosa, o teu abraço,
Para dulcificares meu viver.
À sombra acolhedora que nos dás,
Fui menina e mulher que eu hoje sou,
Numa serenidade que me apraz!
E a minha alma que em ti se cativou,
Prendeu-se, enamorada, pela paz
Pela beleza com que Deus te doou!
Ao avistar de longe casario
Com as torres da Sé lembrando o céu,
Mato saudades ... de contente eu rio,
Porque ao deixar-te deixo o peito meu.
E ao sentir a minha alma presa a ti,
Dos teus encantos - outros jamais vi -
Que de crianças admiro ... Sem mentir
Te afirmo, oh! linda Amaia verdejante,
Tudo o que tens é belo, fascinante!
- Sempre te hei-de cantar e preferir.
Embora goste de te ver,
Me sinta tão feliz no teu regaço
- Que a desventura em ti não tem espaço -
Não foste tu o berço do meu ser.
Que importa não ter vindo em ti nascer
E não ter do teu seio um só pedaço?
Mas deste, carinhosa, o teu abraço,
Para dulcificares meu viver.
À sombra acolhedora que nos dás,
Fui menina e mulher que eu hoje sou,
Numa serenidade que me apraz!
E a minha alma que em ti se cativou,
Prendeu-se, enamorada, pela paz
Pela beleza com que Deus te doou!
Os carrilhões de Mafra
"Mafra queixa-se dos carrilhões", é a notícia.
O apelo: por favor, socorram os carrilhões!... Para já, os de Mafra.
O apelo: por favor, socorram os carrilhões!... Para já, os de Mafra.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Tágides sem Tejo
Parque das Nações - Lisboa
Tal como pode haver ...Ver"post" anterior ... Esqueceram-se de ligar a água?
Actuação escrita *
Pode-se escrever
Pode-se escrever sem ortografia
Pode-se escrever sem sintaxe
Pode-se escrever sem português
Pode-se escrever numa língua sem saber essa língua
Pode-se escrever sem saber escrever
Pode-se pegar na caneta sem haver escrita
Pode-se pegar na escrita sem haver caneta
Pode-se pegar na caneta sem haver caneta
Pode-se escrever sem caneta
Pode-se sem caneta escrever caneta
Pode-se sem escrever escrever plume
Pode-se sem escrever escrever
Pode-se escrever sem sabermos nada
Pode-se escrever nada sem sabermos
Pode-se escrever sabermos sem nada
Pode-se escrever nada
Pode-se escrever com nada
Pode-se escrever sem nada
Pode-se não escrever
* Pedro Oom in Antologia do Humor Português
Posto isto tudo, pergunta-se: com tantas facilidades, onde estão os que falam, ratam muito e escrevem nada?
Pode-se escrever sem ortografia
Pode-se escrever sem sintaxe
Pode-se escrever sem português
Pode-se escrever numa língua sem saber essa língua
Pode-se escrever sem saber escrever
Pode-se pegar na caneta sem haver escrita
Pode-se pegar na escrita sem haver caneta
Pode-se pegar na caneta sem haver caneta
Pode-se escrever sem caneta
Pode-se sem caneta escrever caneta
Pode-se sem escrever escrever plume
Pode-se sem escrever escrever
Pode-se escrever sem sabermos nada
Pode-se escrever nada sem sabermos
Pode-se escrever sabermos sem nada
Pode-se escrever nada
Pode-se escrever com nada
Pode-se escrever sem nada
Pode-se não escrever
* Pedro Oom in Antologia do Humor Português
Posto isto tudo, pergunta-se: com tantas facilidades, onde estão os que falam, ratam muito e escrevem nada?
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Que riqueza de hortaliça!...
Se bem me lembro, a certa altura disseram-nos mais ou menos assim: "esqueçam as vossas couves, temos aqui hortaliça que dá p'ra todos ..."
E nós ainda perguntámos: "só couves de Bruxelas ou também doutras?..." Disseram-nos, salvo erro, "não se preocupem que isso é connosco. Temos excedentes e, por isso, escusam vocês de estar aí a gastar euros na produção de hortaliças. Olhem, estivemos reunidos e até decidimos juntar aqui uns euritos para vos auxiliar a mudar de práticas agrícolas..."
Reuniram-se, de urgência, em Lisboa e arredores alguns dos das lusas Ciências Agrícolas e Financeiras, ouviu-se o Zé, que logo arregalou o olho ao pilim fácil, e toca a entrar na onda: "venha a massa q'a gente vai pensar em "alternativas" que possam rentabilizar fundos ..."
Murchou no campo o que ainda havia e, com os euros, fomos então às putas (finas) disponíveis e especializámo-nos em exposições escritas à Europa.
Comprámos à brava os excedentes de que nos tinham falado, mas tanto comprámos que - ÚLTIMAS! - tivemos que um dia destes ir pedir à Bruxelas das couves dinheiro para nabos e outros produtos hortícolas...
Estamos agora, enche-se a boca, em pleno período de reconversão agricola. E olhem uma amostra do que já conseguimos com o dinheirinho que, simpáticos, nos avançaram ...
E nós ainda perguntámos: "só couves de Bruxelas ou também doutras?..." Disseram-nos, salvo erro, "não se preocupem que isso é connosco. Temos excedentes e, por isso, escusam vocês de estar aí a gastar euros na produção de hortaliças. Olhem, estivemos reunidos e até decidimos juntar aqui uns euritos para vos auxiliar a mudar de práticas agrícolas..."
Reuniram-se, de urgência, em Lisboa e arredores alguns dos das lusas Ciências Agrícolas e Financeiras, ouviu-se o Zé, que logo arregalou o olho ao pilim fácil, e toca a entrar na onda: "venha a massa q'a gente vai pensar em "alternativas" que possam rentabilizar fundos ..."
Murchou no campo o que ainda havia e, com os euros, fomos então às putas (finas) disponíveis e especializámo-nos em exposições escritas à Europa.
Comprámos à brava os excedentes de que nos tinham falado, mas tanto comprámos que - ÚLTIMAS! - tivemos que um dia destes ir pedir à Bruxelas das couves dinheiro para nabos e outros produtos hortícolas...
Estamos agora, enche-se a boca, em pleno período de reconversão agricola. E olhem uma amostra do que já conseguimos com o dinheirinho que, simpáticos, nos avançaram ...
E que felizes que nós somos! |
O palito
Um grito de esperança com direito a poema
Com as minhas homenagens |
"Tomado pelo desejo de procriar, Prajapati concentrou as suas forças na ascese e, à medida que aqueceu, nasceram dele cinco seres: Fogo, Vento, Sol, Lua e, por fim, Aurora, única filha entre quatro irmãos. Prajapati dirigiu-se a seus filhos e ordenou: "Praticai a ascese", e assim foi. Aurora tomou então a forma de uma ninfa celestial e surgiu perante os seus quatro irmãos. Os seus corações comoveram-se com a sua beleza e verteram a sua semente sobre o vazio.
Dirigiram-se-se então a Prajapati dizendo que, tendo feito verter a sua semente, algo teria de ser feito para que não fosse desperdiçada. Prajapati moldou então uma taça dourada com a altura e a largura de uma flecha, e deitou sobre ela a semente dos seus filhos. Nasceu então o deus de mil olhos, mil pés e mil flechas. Não tendo ainda sido devidamente nomeado, o deus avisou Prajapati de que não comeria enquanto não lhe desse um nome. Prajapati deu-lhe então o nome de Existência e acrescentou-lhe ainda sete outros nomes."
Trad. de Manuel João Magalhães in Rosa do Mundo
domingo, 25 de setembro de 2011
Cores que lembram sabores
O homem deve estar cheio dele ... Pode ter também contas no estrangeiro ... Pode ... pode ... Mas, mas, em poucos meses, chamou a atenção, de forma brilhante, para a produção agrícola (e não só) nacional em, pelo menos, dois momentos significativos: na avenida da Liberdade e no Parque das Nações (pela segunda vez), em Lisboa. O resto é conversa. Chama-se Belmiro de Azevedo. É, com certeza, dominado por interesses comerciais e financeiros, Sem dúvida, mas FEZ (os outros fizeram?...). A produção nacional esteve lá, em ambos os momentos. Com o eventual lucro a prazo, certamente, mas prestando também, há que dizê-lo, um serviço à produção portuguesa. Que ele vende, sem dúvida. Mas ... mas esteve. ESTEVE.
"Ah, mas podia organizar-se a coisa de outra maneira ...", dir-se-á. Talvez ... Mas quem? Com quem?A máquina do Estado? Quem?... Portugal organizadado em comunas? Como? Copiando quem? Ou inovando como? Vá, sem divagações políticas.
"Seria melhor não fazer nada que desse lucro a um ..." Conversa do costume. Não fazer? Consumir espanhol, francês, russo, chinês? Chinês?... A China tem o modelo a seguir?
"Mas é preciso controlar a coisa..." Pois então controle-se, mas quem controla, controla qualquer coisa ... O quê?...
"Mas o homem é isto, aquilo e aqueloutro para os trabalhadores ..." Se é, deite-se mão de todas as legalidades que o impeçam. Actue-se já. Mas consuma-se o que é português, o que dá trabalho a portugueses. É desonesto amputar o discurso. Este discurso.
"Ah, mas podia organizar-se a coisa de outra maneira ...", dir-se-á. Talvez ... Mas quem? Com quem?A máquina do Estado? Quem?... Portugal organizadado em comunas? Como? Copiando quem? Ou inovando como? Vá, sem divagações políticas.
"Seria melhor não fazer nada que desse lucro a um ..." Conversa do costume. Não fazer? Consumir espanhol, francês, russo, chinês? Chinês?... A China tem o modelo a seguir?
"Mas é preciso controlar a coisa..." Pois então controle-se, mas quem controla, controla qualquer coisa ... O quê?...
"Mas o homem é isto, aquilo e aqueloutro para os trabalhadores ..." Se é, deite-se mão de todas as legalidades que o impeçam. Actue-se já. Mas consuma-se o que é português, o que dá trabalho a portugueses. É desonesto amputar o discurso. Este discurso.
Sorrisos
Pouco a dizer... Há na fotografia sorrisos de felicidade que não se vêem: os dos amigos da jovem e, de certeza, de quantos estavam por ali naquele instante de grande verdade.
sábado, 24 de setembro de 2011
Horneros urbanos
Daniel Solsona, fotógrafo amador, tirou cerca de 600 fotografias e fez registos para conseguir este resultado final.
Aproveitou bem, com persistência e arte, o que aconteceu à sua beira ... Assim fosse sempre por aí, filosofo eu, aqui, de poleiro...
Surpreendentemente, anotou, os pássaros nunca trabalharam ao domingo ... Porquê?
O Audi A6
Uma boa amiga enviou-me um e-mail que, por esta via, tenho o maior gosto em divulgar - a bem da daNação:
Requerimento
"Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses
Joaquim Manuel Coutinho Ribeiro, eleitor nº 6 da freguesia de Soalhães, vem expor e requerer a V. Exa. o seguinte:
1. Na reunião da Assembleia Municipal do passado dia 29, ouvi V. afirmar que, a partir desta semana, iria passar a dispor de um Audi A6.
2. E percebi, das suas palavras, que não se tratava de um acto de vaidade pessoal, mas uma forma de melhorar a imagem do município e não do seu presidente.
3. Reflectindo sobre o assunto, lembrei-me de que o Audi do município poderá resolver-me um problema logístico que tenho em mãos.
4. No próximo dia 11, é o casamento da minha prima Ester (jovem médica) com o David (jovem médico).
5. Pediu-me a minha prima que a transportasse à Igreja, ao que eu anuí.
6. Lembrei-me, depois, que o meu carro só tem duas o que, convenhamos, não é muito operacional para o efeito, sobretudo para entradas e saídas, já que o vestido poderá ficar agarrado e eventualmente rasgar-se.
7. Foi desta forma que me lembrei que, sendo eu munícipe do Marco, e estando o Audi ao serviço do minicípio, seria um acto da maior justiça que eu pudesse transportar a minha prima ao casamento no A6.
8. Ainda pensei que talvez pudesse requerer a utilização do jeep Toyota, mas temo que os convidados possam gozar a noiva por se deslocar em tal veículo.
9. Opto, pois, pelo Audi, com a promessa de que o entregarei lavado e com o combustível reposto.
10. Dispenso o motorista.
Face ao exposto, requeiro a V. Exa. se digne emprestar o A6 para utilização deste modesto munícipe no próximo dia 11, durante todo o dia.
Pede deferimento
Joaquim Manuel Coutinho Ribeiro"
Requerimento
"Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses
Joaquim Manuel Coutinho Ribeiro, eleitor nº 6 da freguesia de Soalhães, vem expor e requerer a V. Exa. o seguinte:
1. Na reunião da Assembleia Municipal do passado dia 29, ouvi V. afirmar que, a partir desta semana, iria passar a dispor de um Audi A6.
2. E percebi, das suas palavras, que não se tratava de um acto de vaidade pessoal, mas uma forma de melhorar a imagem do município e não do seu presidente.
3. Reflectindo sobre o assunto, lembrei-me de que o Audi do município poderá resolver-me um problema logístico que tenho em mãos.
4. No próximo dia 11, é o casamento da minha prima Ester (jovem médica) com o David (jovem médico).
5. Pediu-me a minha prima que a transportasse à Igreja, ao que eu anuí.
6. Lembrei-me, depois, que o meu carro só tem duas o que, convenhamos, não é muito operacional para o efeito, sobretudo para entradas e saídas, já que o vestido poderá ficar agarrado e eventualmente rasgar-se.
7. Foi desta forma que me lembrei que, sendo eu munícipe do Marco, e estando o Audi ao serviço do minicípio, seria um acto da maior justiça que eu pudesse transportar a minha prima ao casamento no A6.
8. Ainda pensei que talvez pudesse requerer a utilização do jeep Toyota, mas temo que os convidados possam gozar a noiva por se deslocar em tal veículo.
9. Opto, pois, pelo Audi, com a promessa de que o entregarei lavado e com o combustível reposto.
10. Dispenso o motorista.
Face ao exposto, requeiro a V. Exa. se digne emprestar o A6 para utilização deste modesto munícipe no próximo dia 11, durante todo o dia.
Pede deferimento
Joaquim Manuel Coutinho Ribeiro"
Encontro *
* Se tivesse sido de humanos/as, dir-se-ia
Garden Party de Beldades
Ora vejam... Aconteceu, um dia destes,
à beira das águas espelhadas do rio Zêzere.
Garden Party de Beldades
Ora vejam... Aconteceu, um dia destes,
à beira das águas espelhadas do rio Zêzere.
nem tudo é cantiga - FMI
Um abraço, Paco Bandeira! Um abraço que começou num cruzeiro ao Brasil, já lá vão muitos anos e que agora relembro, neste banco do jardim, com admiração e estima.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Coisas (quase) sem importância ...
Quando o vento, sobre o Tejo, abriu a bandeira, o "fotógrafo" estava lá e ... e apareceu-lhe sobre as águas, ao longe, Portugal a dizer presente! Coisa banal, talvez, mas ...
A aldeia enquanto "propriedade horizontal"
Com o passar dos anos cada um de nós vai tentando ajeitar-se à grande vazilha em que o puseram a levedar:
- numa moradia, dita isolada, com um ou mais pisos e um único dono;
- num prédio com vários pisos, integrado, ou não, numa banda deles;
- e, simplificando, no chamado arranha-céus, que a altura, desde logo, baptiza.
Seja como for, um dado é fixo: antes de mais cada um É, cada pessoa É... E no facto de ser começa a tragicomédia, que, em princípio, ponderados os prós e contras destas contemporâneas soluções existenciais (palavras caras...), sobressai o quase drama: qual o melhor enquadramento, como viver sem chatices de monta, resultantes da opção, às vezes, forçada pelas circunstâncias, para conseguir levedar em paz, sem mafias, se possível, a maior parte dos dias do ano?
Tem que, deve ser breve, o que se escreve nos muros desta gigantesca propriedade horizontal que, de algum modo, também é a INTERNET. Remeto-me, por isso, a esta espécie de quarto alugado que é um blogue e, com eventual "estrondo", vou já direito ao fim: sob a aparência da maior candura e cordialidade, a aldeia, se pode ser boa na eventual entreajuda humana, é também, no pior sentido, não raro, a grande propriedade horizontal, o grande apelo ao silêncio individual para evitar, o mais possível, o diz-se - diz-se, bastas vezes incómodo, e quase sempre demolidor (admirável é que, em tamanha propriedade horizontal, haja quem se candidate a administrador, leia-se presidente autarca, note-se de passagem).
É que, postas as coisas no plano da desejável, da expectável convivência lateral, um aglomerado onde um, dois pisos é regra, de repente, a aproximação torna-se uma espécie de coscuvilhice: o ser amigo de A, hoje, é um perigo, em potência, para amanhã - e assim por diante ...
Donde, parando por agora a caneta, a conclusão provisória é a seguinte: viver, permanecer numa aldeia, pode ser um desastre. Um desastre maior do que viver na cidade "poluída" de gente, onde se convive "se se quiser" e se vota no autarca que se quer, sem que isso fique à vista ...
Resumindo: posto que a aldeia é também, no pior sentido, uma grande propriedade horizontal, ou como nas ditas cujas mais pequenas, está generalizada uma cultura cívica acima da média, ou é uma chatice a, aparentemente ingénua, devassa feita por indivíduos que por ela optam.
No fundo, no fundo, afastada a sempre difícil de encontrar educação cívica generalizada, a habitação ideal pode vir a imaginar-se num arranha-céus com porteiro armado até aos dentes e com uma administração estranha aos interesses individuais eventualmente existentes.
Numa palavra: aldeia, não! Enquanto, no dia-a-dia revelar ser das propriedades horizontais, a maior e, nesse sentido, potencialmente, a mais habitada por gente a querer mandar... Melhor: aldeia sim, se civilizada. E nada mais haverá a dizer.
Que cresçam as flores que a livre Natureza quiser e que o sr. Prior as abençõe na Paz de Cristo.
Fica o subsídio para eventual reflexão fora do espaço rápido de um blogue.
- numa moradia, dita isolada, com um ou mais pisos e um único dono;
- num prédio com vários pisos, integrado, ou não, numa banda deles;
- e, simplificando, no chamado arranha-céus, que a altura, desde logo, baptiza.
Seja como for, um dado é fixo: antes de mais cada um É, cada pessoa É... E no facto de ser começa a tragicomédia, que, em princípio, ponderados os prós e contras destas contemporâneas soluções existenciais (palavras caras...), sobressai o quase drama: qual o melhor enquadramento, como viver sem chatices de monta, resultantes da opção, às vezes, forçada pelas circunstâncias, para conseguir levedar em paz, sem mafias, se possível, a maior parte dos dias do ano?
Tem que, deve ser breve, o que se escreve nos muros desta gigantesca propriedade horizontal que, de algum modo, também é a INTERNET. Remeto-me, por isso, a esta espécie de quarto alugado que é um blogue e, com eventual "estrondo", vou já direito ao fim: sob a aparência da maior candura e cordialidade, a aldeia, se pode ser boa na eventual entreajuda humana, é também, no pior sentido, não raro, a grande propriedade horizontal, o grande apelo ao silêncio individual para evitar, o mais possível, o diz-se - diz-se, bastas vezes incómodo, e quase sempre demolidor (admirável é que, em tamanha propriedade horizontal, haja quem se candidate a administrador, leia-se presidente autarca, note-se de passagem).
É que, postas as coisas no plano da desejável, da expectável convivência lateral, um aglomerado onde um, dois pisos é regra, de repente, a aproximação torna-se uma espécie de coscuvilhice: o ser amigo de A, hoje, é um perigo, em potência, para amanhã - e assim por diante ...
Donde, parando por agora a caneta, a conclusão provisória é a seguinte: viver, permanecer numa aldeia, pode ser um desastre. Um desastre maior do que viver na cidade "poluída" de gente, onde se convive "se se quiser" e se vota no autarca que se quer, sem que isso fique à vista ...
Resumindo: posto que a aldeia é também, no pior sentido, uma grande propriedade horizontal, ou como nas ditas cujas mais pequenas, está generalizada uma cultura cívica acima da média, ou é uma chatice a, aparentemente ingénua, devassa feita por indivíduos que por ela optam.
No fundo, no fundo, afastada a sempre difícil de encontrar educação cívica generalizada, a habitação ideal pode vir a imaginar-se num arranha-céus com porteiro armado até aos dentes e com uma administração estranha aos interesses individuais eventualmente existentes.
Numa palavra: aldeia, não! Enquanto, no dia-a-dia revelar ser das propriedades horizontais, a maior e, nesse sentido, potencialmente, a mais habitada por gente a querer mandar... Melhor: aldeia sim, se civilizada. E nada mais haverá a dizer.
Que cresçam as flores que a livre Natureza quiser e que o sr. Prior as abençõe na Paz de Cristo.
Fica o subsídio para eventual reflexão fora do espaço rápido de um blogue.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Apontamento transversal
Numa altura em que Portugal, talvez mais do que nunca, nos últimos cinquenta anos, precisa de se revelar adulto, isto é, sabedor, inteligente, cordato, começam a desenhar-se no horizonte as profundas assimetrias culturais, sobretudo estas, que o separam.
Peguemos numa amostra. Simples amostra. Por exemplo, uma pequena freguesia entre Lisboa e Porto: claro que não se nota assim, bem expresso, o desejo do poder absoluto, uma espécie de todos do Benfica, ou de todos do Sporting, mas a verdade é que, aberta uma iniciativa com pretensões a transversal, logo surgem, limpinho sem osso, para destruir (não para acrescentar) fanáticos contra fanáticos à procura, senão da vitória, pelo menos da anulação do jogo ... Fulano é encarnado, mas deveria ser amarelo; beltrano, que deveria ser azul, é conhecido por verde ...
Instalam-se os do proscénio de feira (quando a política oficial o reclama) e assim vivem todos, "cantando e rindo", num quanto baste idiota, mas muito senhor do seu nariz - adunco. A que, baixinho, se junta o voto secreto de que, já agora, às escondidas, regresse quanto antes uma "moralizadora censurazinha ..."
Peguemos numa amostra. Simples amostra. Por exemplo, uma pequena freguesia entre Lisboa e Porto: claro que não se nota assim, bem expresso, o desejo do poder absoluto, uma espécie de todos do Benfica, ou de todos do Sporting, mas a verdade é que, aberta uma iniciativa com pretensões a transversal, logo surgem, limpinho sem osso, para destruir (não para acrescentar) fanáticos contra fanáticos à procura, senão da vitória, pelo menos da anulação do jogo ... Fulano é encarnado, mas deveria ser amarelo; beltrano, que deveria ser azul, é conhecido por verde ...
Instalam-se os do proscénio de feira (quando a política oficial o reclama) e assim vivem todos, "cantando e rindo", num quanto baste idiota, mas muito senhor do seu nariz - adunco. A que, baixinho, se junta o voto secreto de que, já agora, às escondidas, regresse quanto antes uma "moralizadora censurazinha ..."
"Só lhe dou as malas se você me der ..."
Vindo de Macau, então sob administração portuguesa, depois de, dias antes, em visita turística guiada de algumas horas, à então misteriosa China, cheguei de avião a Nova Iorque com a tranquilidade de quem nada deve, nem tem a declarar ....
Só que, só que de posse do respectivo passaporte, com todos os vistos em dia, fui sucessivamente deixado para trás e depois de esperar quase uma hora ( ! ) é que voltei a ter o malfadado documento de trânsito internacional ... Agora devidamente carimbado, claro. Como, de resto, tinha acontecido, sem entraves, em particular, na India, Japão, em Hong-Kong, na China ...
Escrevo isto, incomodado, em papel de sebenta, justamente, no dia 11 de Setembro de 2011, em que me sinto abraçado às famílias dos que, em Nova Iorque, em toda a parte, foram/são vítimas de assaltantes, de terroristas - disfarçados ou não.
Fica o apontamento.
Só que, só que de posse do respectivo passaporte, com todos os vistos em dia, fui sucessivamente deixado para trás e depois de esperar quase uma hora ( ! ) é que voltei a ter o malfadado documento de trânsito internacional ... Agora devidamente carimbado, claro. Como, de resto, tinha acontecido, sem entraves, em particular, na India, Japão, em Hong-Kong, na China ...
Perplexo, ou talvez não, encaminhei-me de seguida, lembro-me bem, para uma praça de táxis do aeroporto, na altura já sem sombra de clientes. Esperei um pouco e, no vazio criado, entrei no único táxi acabado de chegar... onde fui assaltado, no final da "corrida", pelo anafado motorista nova-iorquino que me conduziu ao infernal vai-vem da cidade das Torres Gémeas.
Escrevo isto, incomodado, em papel de sebenta, justamente, no dia 11 de Setembro de 2011, em que me sinto abraçado às famílias dos que, em Nova Iorque, em toda a parte, foram/são vítimas de assaltantes, de terroristas - disfarçados ou não.
Fica o apontamento.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Notas soltas
A PIDE existiu. Mais ou menos disfarçada no meio da população, existiu e hoje conhecem-se-lhe relatórios. Escritos na cidade ou escritos nas pequenas localidades.
Os tempos mudaram: hoje já não há PIDE, nem nas cidades, nem fora delas. O que há é gente, a mesma gente.Parte, agora, com inclinação/filiação partidária, parte a ver em que param as modas ...
Uma coisa transitou dos tempos de Salazar/Marcelo: a intriga. Uns a viver dela, outros a sofrê-la. Todos a amarem-se, não raro, com os dentes. Feitos que foram a partir da mesma massa que os pariu ...
Chacun governa-se. O Poder, a hipótese de Poder ao virar da esquina, sinaliza caminhos, bichana intrigas, oferece escadotes, disponibiliza tribunas. Vencerão, bastas vezes, os que, se a houvesse, PIDE, se fingiriam "do contra".
Guardadas as devidas proporções, permita-se a divagação: talvez fosse interessante saber, por exemplo, quem disse, oportunamente, sim à cartilha de Mao e, já agora, que meios frequenta hoje - na China. A sensação que tenho é de que, politicamente, mudaram as moscas ...
Solta, solta ... deixo a nota, esta nota.Que fui buscar ao ... ao Banco Portugal.
Em nome do padre ...
Diga a Santa Sé, diga o Patriarcado ou o Bispado o que disser, o povo é católico, mas não é parvo: quando se lhe pergunta para que serviu aquele estrado montado ao lado da igreja, diz com a maior simplicidade cristã: "foi p'rá Festa da Gaveta ..."
E, sem perguntar pormenores, fica-se a saber "tudo"...
E, sem perguntar pormenores, fica-se a saber "tudo"...
O Gigante dos cavalos
... às tantas, o Paulo Gigante, que eu não conhecia, viu-me a fotografar os cavalos ali em repouso a dois passos do Zêzere e disse-me com um sorriso:
"quer fotografar-me em várias posições com um dos cavalos?..."
Não percebi bem, mas aceitei ...
"quer fotografar-me em várias posições com um dos cavalos?..."
Não percebi bem, mas aceitei ...
Fado entre amigos, nas Traseiras do Litoral
Que património pode ficar
Anos e anos em comum?
Talvez a palavra amar
Melhor q'essa, nenhum
Sentai-vos, deixai-vos estar
No seio deste velho/novo
Qu'o tempo é p'ra saudar
O da viola, qu'é povo
É povo, vamos ouvir
Silêncio, senhoras, senhores,
É povo, vamos curtir
No serão os seus cantores
Ver VIDEOS em
AINDA O FADO NO INTERIOR