quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O elevador da Estrela (Lisboa) - ( I )

Pelos modos, passava aqui perto do banco em que agora me sento a escrever estas notas soltas (dão-lhe aqui um nome inglês, que hei-de eu fazer ?...) para o jornal de maior tiragem em que alguma vez trabalhei: este filho da NET, chamado blogue. Era o elevador da Estrela, que não conheci, a não ser através de um artigo de um tal Eng. António Paes de Sande, no boletim "Lisboa Carris", de Janeiro/Fevereiro 1956.

Aí vai:

"(...) Este ascensor é um dos que entraram na concessão que a Câmara Municipal deu a Raul Menier de 1 de Junho de 1882, na seguinte forma:

"uma linha do mesmo systema partindo da praça Luiz de Camões, pela rua do Loreto, Largo do Calhariz, Calçada do Combro, Rua dos Poiais de S.Bento, Calçada da Estrela, Praça do Convento Novo do Coração de Jesus e Rua Nova da Estrela, de D. Luís e de São João dos Bemcasados".

Dois anos decorridos era voz publica que se ia construir imediatamente; mas só em 1886 foi que entrou na Cãmara o respectivo projecto. Demorou a aprovação até 1888, quando foi assinado um novo contracto entre o Município e a Ascensores à qual Mesnier trespassou a concessão.

Já estava, então, encomendado muito, quasi todo, material fixo e circulante à casa Machinenfabrik Esslingen (de Esslingen); e a Empresa comprara, para instalar oficinas e cocheira, uma casa na Rua do Jardim, nºs. 6 a 10, com loja, quintal e frentes para esta rua e para o Largo. Pertencia ela a António Galache que se achava a braços com um pleito judicial contra a Câmara sobre a sua expropriação, pois era necessário concluir uma rua, depois chamada Domingos Sequeira, que iria do Largo da Estrela à confluência das ruas do Patrocínio e Ferreira Borges."

(continua)

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