"Mande fazer oportunamente compartimentos estanques, os operários separados dos empregados de carteira, os técnicos dos administrativos, os contramestres dos Dirigentes, os Dirigentes dos Superiores. Divida o mais que puder; multiplique as muralhas como se fossem pães.Os operários não sabem comer como os empregados, os empregados não comem como o Chefe. O subordinado é mais do que sabido, come com a faca e engasga-se quando fala. Proteja a sua refeição contra os olhos, os pedidos e as nódoas de sopa dos seus ruminantes."
Isto se não é ... foi assim. Eu vi. A empresa já não existe - posso escrever: o refeitório da fábrica da ICESA, na Póvoa de Santa Iria, tinha uma cortina de plástico a meio para ser corrida e poderem ficar de um lado os administrativos e quadros da empresa e do outro os operários da fábrica.Comendo, embora, do mesmo, a estrutura estava preparada para que o fizessem artificialmente separados pela famigerado plástico...
Um dia "alguém" entrou no refeitório já repleto de gente de todos os sectores da fábrica e, ao ver a cortina corrida, foi-se a uma das pontas e correu-a, acabando com o "muro" - com enorme aplauso do operariado.
Depois do 25 de Abril, soube-se que o que separara as pessoas tivera um ataque de amnésia ... Já cá não está. Era construtor civil de formação académica. E amigo do sr. agente técnico dos 15 centímetros de degrau, referido em "post" anterior ...
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