quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sentado num banco de jardim o mundo abraça-nos ...

Generalista é tudo a que "aspira" quem passa horas aqui sentado. Hoje, por exemplo, estive a brincar às memórias, e quem é que tive oportunidade de rever?... O "miúdo" que trabalhou comigo uns seis, sete meses há mais de 40 anos (!!!) e ainda mexe algures nos arredores do jardim ...


FIM
o vento veio. a chuva veio. abraçaram-o. abraçaram-na. abraçaram-nos. abraçaram-se. o tempo corria suave gentil com os corpos sós que tinham. ele era ele. ela era ela. ele e ela eram eles. tornaram-se um na caminhada da vida que lhes corria nas veias. a cidade estava longe. o fim estava longe. mas nada nem tempo nem eles queriam fim. queriam sentir o vento que lhes moldava as roupas a alma o caminho. o caminho de encontro ao passo seguinte que é sempre o passo que há-de vir. deram as mãos soltaram risos sorrisos gaivotas abriram-lhes alas de encontro ao mar que num murmúrio cantante chamava por eles. deram o passo seguinte que é sempre o passo que há-de vir na direcção do mar. as águas envolveram-nos abraçaram-nos. continuaram caminhando seguidos pelo coro de gaivotas. a cidade não era o fim o mar não foi o fim o fim nunca foi  fim.
FIM

Fernando Monteiro











Hoje está bom tempo. Os pássaros cantaram p'ra mim assim que cheguei ...

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