sábado, 17 de dezembro de 2011

Palavras segundo Saramago

Aqui, de preferência, poucas palavras, que entre os leitores-olheiros há muita gente da estranja, dizem os que se comprazem a estatiscar o que se rabisca com a ajuda desta espécie de piano que é o teclado, de que irrompem palavras, mas sobretudo frases. Frases que, quando são de pouca vergonha, não têm os dias contados...

Eu já percebi que quando escrevo aqui pornografia aumento logo os número de visitantes. Tenho algures um "post" que tem a palavra putas ... Foi, é um êxito. É banal, dir-se-á. É. Mas o Zé quer.

Tenho outro em que, de forma mais ou menos subtil, deito cá p´ra fora o mal que se gosta de ouvir, ou ler ... pela boca, ou pela caneta dos outros. Foi, é um êxito. O Zé quer.

Tanto assim que, de há uns meses para cá, depois que me apercebi da vontade das estatísticas, à cautela, já não passo sem o dicionário de calão do Albino Lapa "à cabeceira" ... Embora ... embora (cito José Saramago in Claraboia) haja "palavras que se retraem, que se recusam - porque significam de mais para os nossos ouvidos cansados de palavras"...

É isso: melhor é a liberdade, ponto final. Com todas as palavras, haja ou não quem as leia. Quero lá saber das estatísticas. Sentado num banco de jardim, se um homem não é livre, quando é que o espera ser?

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