quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Retrospectiva: a aldeia em dia de greve geral





















Em dia de lusa greve geral, a "reportagem" na aldeia (a cerca de duzentos e muitos quilómetros da Assembleia da República) que, por motivos não grevistas, mas operacionais, se divulga hoje - para os devidos efeitos:

. a grande maioria dos habitantes parece simpática;

. na Junta de Freguesia não houve ajuntamentos;

. o Centro de Dia manteve-se a funcionar só ... só de dia. Não há Centro de Noite;

. o maior estabelecimento comercial da terra (um pouco periférico) prosseguiu sem clientes visíveis;

. na avenida 1º de Maio, que atravessa a aldeia, continuou a ver-se, em propriedade privada, com paredes de leitura pública, uma placa toponímica a dizer que estamos na Avenida Américo Tomaz;

. os prédios e outras propriedades, que estavam à venda, continuam à venda;

. as moradias, há anos por acabar...  mantinham-se por acabar;

. os sanitários públicos que funcionavam no singular, assim continuam por razões de asseio, dizem;

. o sr. Prior é o mesmo há dezenas de anos;

. a freguesia ainda não está administrativamente integrada noutra, nem, por enquanto, integra nenhuma;

. os camiões que atravessam a terra, continuam a não ter outra solução;

. houve quem falasse nas próximas eleições para os órgãos dirigentes da Junta, mas ninguém, às claras,  pensa  ir mais longe ...

. o auditório da aldeia eternizava-se às moscas, ou quase ...

. continuava a não ser líquido que os da aldeia gostem mais de flores do que os das terras vizinhas;

. a população tende a ser mais migrante do que autóctone. Ainda há casos de emigração, que se notam mais no Estio, que é quando algumas casas levam a demão exterior de tinta que, mais tarde, entra em desmaio;

. sem efeitos na greve, na estrada de acesso à aldeia, para combater a crise, à noite, só metade dos postes de iluminação pública é acesa. Os faróis dos carros que passam, solidários, dão a ajuda ao seu alcance.

IMPORTANTE: parece haver agora mais couves portuguesas no panorama rural da aldeia. Pelo menos, mais do que de Bruxelas ...

Tudo somado, na aldeia, a "reportagem" possível. Com a esperança de que não se acabe por taxar a liberdade.

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