"Leio e estou liberto. Adquiro objectividade. Deixei de ser eu e disperso..." - Fernando Pessoa
Acabo de ler "Fernando Pires - Os meus 50 anos no Diário de Notícias". Percebe-se disperso, sem dúvida, mas livre. Deixou de ser o jornalista, mas, no caso, continua plural. E acredito que sem razões para não ser livre. Mais talvez, mais do que poderá ter conseguido ser na hora das coisas acontecerem ... Não porque, digo eu, não o quisesse ser, mas porque, em determinadas épocas, a coisa não terá sido fácil ... Quem conheceu os jornais por dentro, sabe como foi (é?...)..."Se não és a meu favor, és contra mim ...". Até aqui nesta electrónica liberdade universal se nota ...
Na NET, contudo, o discurso tem que ser curto e nesse curto deve estar o essencial. A Anatomia, por isso. Pelo punho de Fernando Pires. Para que se saiba, de uma vez por todas - e, sobretudo, quando nas assembleias, em determinadas assembleias, se afirma o contrário ...
"Os de após 25 de Abril, tentavam fazer passar a sua mensagem, esperando iludir os chefes, a quem cumpria fazer respeitar os princípios da pluralidade, sim, mas também o rigor e isenção. Havia quem escrevesse com papel químico, para ter uma prova para mostrar, até, porventura, ao partido político da sua militância!" - escreveu Fernando Pires, repito, no livro em apreço.
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