segunda-feira, 16 de abril de 2012

Guiné-Bissau














Há países que, visitados e compreendendo-se o seu natural desejo de independência, se percebe que vão, não diria eternamente, mas quase, depender dos amigos para que isso, pelo menos, na aparência, se revele no quotidiano. Quem somos nós, portugueses para negarmos a História? A verdade é que, por exemplo, a Guiné-Bissau teve, tem, tanto direito a ser independente como qualquer outro país. O que resta saber é como é que o consegue - em Paz.

Mas se posso aqui manisfestar a impressão com que fiquei, vindo do Senegal, ao desembarcar em Bissau no dia 18 de Abril de 1980, direi que foi de ... de caos ... Caos logo no aeroporto, onde para chegar à cidade, me valeu a boleia do cidadão,  ao lado de quem viajara, o então ministro dos Negócios Estrangeiros guineense, que regressava das festas da independência do controverso Zimbábue, e me percebeu perplexo à saída da aerogar ...  Mas assim por diante (o episódio referido é nada) ...  A confusão um pouco por todo o lado - na altura e ... e, pelos modos, estes anos todos depois ... O que é verdadeiramete grave. Uma pobreza franciscana. Um atentado, dir-se-ia permanente, à dignidade da pessoa humana. Não vale a pena ignorar. E já lá vai um bom par de anos ... Haverá neo-colonialismos em jogo? Se os há, são para explorar, não para respeitar a dignidade humana. Mas também não acredito muito nos novos bonzinhos ... Só uma quase certeza resta: acreditar, um acreditar com ajudas internacionais diversificadas e ... e esperar ... Esperar que passem as décadas ou os séculos ... Para voltar à Guiné-Bissau, da minha tristeza. Noutra vida  ...




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