domingo, 13 de maio de 2012

O 13 de Maio e os "mails" recebidos

"Senta-te diante da folha de papel e escreve. Escrever o quê? Não perguntes. Os crentes têm as suas horas de orar, mesmo não estando inclinados para isso. Concentram-se, fazem um esforço de contensão beata e lá conseguem. Esperam a graça e às vezes ela vem. Escrever é orar sem um deus para a oração.

(...) Como é fascinante escrever para saber o que é."

Vergílio Ferreira in PENSAR














13 de Maio. Hoje é fácil (é fácil?) escrever. Eu não me baptizei, baptizaram-me, mas mesmo sem contar com o Crisma, que confirma, tive oportunidade de me confirmar na minha filha, que levei à mesma pia baptismal que me tinham, dizem, levado a mim.

Escrito isto, vou direito ao fim, e o fim é o maior respeito por quantos, armados com a sua Fé, hoje se ajoelham em Fátima sem que ninguém os impeça. Do mesmo passo que recordo uma ida à então Leninegrado para, na que dizem ser a segunda maior catedral do mundo (S. Isaac), assistir à experiência do pêndulo, suspenso da respectiva cúpula, numa afronta directa à religião - ou, pior, fazendo uma afronta directa aos que sabem que a catedral não foi erguida para o uso (USO) que lhe foi dado durante algumas décadas ... Ninguém é obrigado a ser católico, mas ninguém tem o direito de obrigar os outros a não o serem. Em condições normais, o civismo resolve as diferenças. Por exemplo, este blogue não vai a Fátima, mas está em Fátima. Que fique claro para quem chega a estas imediações com os seus mails repletos de orações. Podem continuar. Eu é que pode não me apetecer. Repito Vergílio Ferreira: "os crentes têm as suas horas de orar, mesmo não estando inclinados para isso."

Entretanto, Fé com ópio, não!

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