quarta-feira, 30 de maio de 2012

A sabedoria da pomba coxa


















Imagine-se um restaurante/café em forma de caixa de sapatos, mas em vidro e com cerca de uns doze metros de comprimento por seis de largo, mais coisa menos coisa, e uma altura idêntica á largura, com duas portas rasgadas de alto a baixo, uma em frente da outra. No interior, mesas por todo o lado, simetricamente colocadas, é evidente.

No exterior, muitos pombos e pombas, presumo, à espera de uma oportunidade para entrar e percorrer toda a periferia interior à procura de eventuais migalhas feitas pela exma. clientela.

De repente, entra uma pomba/pombo (?) que começa a fazer o circuito lateral das mesas, pata aqui, pata acolá, até que, eventualmente cansada/cansado,  levanta voo e ... e bate duas vezes, DUAS VEZES, com o bico, aparatosamente, na vidraça do fundo. Percebe-se que deve ter compreendido a existência do obstáculo e começa então a contornar o espaço sempre por baixo das mesas, e, calmamente ... calmamente sai pela porta aberta à frente da outra por onde entrara à procura, acredito, de novas superfícies, de preferência sem obstáculos ... A verdade é que, do lado de fora, estava um lindo dia de sol.

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