Estou vestido de Quixote e, assim disfarçado, permito-me uma sugestão que posso garantir, a prazo, resulta, às vezes, espectacular (a prazo, na circunstância, podem ser anos ... Que é coisa difícil de engolir por quem se revê naquela anedota sexual do "ai que bom vai ser, não foi?...",).
Mas, como diria Agostinho da Silva: "vamos ao prático". E, no caso, o prático é ler um livro de lápis na mão e, à medida que se lê, sublinhar-lhe frases, ideias, parágrafos, que, naquele instante, o justificam. Depois ... depois, acabada a leitura da obra, com eventuais anotações para além dos sublinhados feitos "na hora", importa, sem falta, registar, na página de rosto do livro acabado de ler, a data em que isso aconteceu. O que vai querer dizer que, no mês e ano registados, o lido pela 1ª vez em ...acaba por, mais tarde,"revelar" como se viu, como se interpretou, e em que data, a passagem, o raciocínio expresso pelo autor da obra.
E agora, a "surpresa": a eventual releitura de um livro lido, por exemplo, a primeira vez dez anos antes, permite, além do mais, o diálogo do eu com o eu ... Que pode ser surpreendente, como se deixa ver.
Os meus livros estão sublinhados ... exemplifico:
____________________para a 1ª leitura.
------------------------- para uma 2ª leitura (às vezes, anos depois).
- . - . - . - . - . - . - . - . - .para uma 3ª leitura (se houver ...), etc.
e, na respectiva folha de rosto, "revelam" a data de cada uma desses sublinhados - às vezes iguais passados anos ...
Confissão pouco importante, mas ... mas é com esta "retaguarda" que aqui, às vezes, ouso aparecer. Vestido de D. Quixote, claro, mas isso é outra conversa ...
Exemplo de um "sublinhanço". No caso, 3 vezes na mesma página (quer dizer, em 3 leituras em anos diferentes). A primeira foi a 3ª A segunda foi a 1ª A terceira foi a 2ª |
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