RECORDAÇÕES
“Foi no jardim ao fundo da Avenida...”
Um banco, e lá estavas tu à espera
Que a vida te dissesse: ainda há vida
Para lá da primavera
A evocar o tempo da crisálida
Esquecendo as tristes horas más
O melhor que nos traz a tarde cálida
É o cheiro das maçãs
A juventude foi-se, e em nós ficaram
Recordações fugazes… de sol e sombra
Carícias que até hoje se alaram
Nas asas duma pomba
Foi no jardim ao fundo da avenida...
Que olhámos o céu, e dum cometa
A cauda acenou em despedia
Ficou a borboleta
Aquela que nós vimos a nascer
Naquele jardim do fundo da avenida
Enquanto apenas queríamos aprender
O que era a vida
E hoje, ainda volto para ver
O jardim, continua florido
Só nós nos separámos, sem querer
Foi o destino!
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