segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Carta aberta ao Pai Natal

Caro Pai Natal

Isto talvez não chegue a ser uma carta, talvez nem sequer chegue a ser um bilhete postal, muito menos um bilhete postal daqueles cheios de cores bonitas. É um apontamento escrito depois de ouvir  as gentes com quem me tenho cruzado, sobretudo, agora, em Portugal, conheces?... Não tragas brinquedos, nem bobos que nos possam distrair. O que nós precisamos é de trabalho, Trabalho e Esperança. É isso: traz-nos ESPERANÇA! Temos muita falta de Esperança. Deixa os brinquedos para mais tarde, para quando brincar seja possível ... Este ano, este ano, ajouja-te de ESPERANÇA. É que há quem esteja a sofrer por falta de Esperança.Há quem não durma por falta de Esperança. Há quem não sorria por falta de Esperança. Há gente a gritar por falta de Esperança. Há gente a morrer por falta de Esperança.


Pai Natal, meu Bom Pai Natal, é urgente: VEM! O Natal é quando um homem quiser, por isso, tu que, ainda por cima, és Pai, contrata as renas mais velozes que encontres e põe-te a caminho.Hoje. Agora. As civilizações antigas, à beira do Atlântico, estão a perder a Esperança, a Esperança que dizem ser a última coisa a perder. O Mundo está doente.


Apressa-te, meu Bom Pai Natal!

2 comentários:

  1. Que texto maravilhoso, querido Amigo. Parabéns.

    Um beijo.

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    1. Muito obrigado, Luísa! Ou, como dizem na Beira da minha ascendência, BEM-HAJAS!
      Um abraço.

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