domingo, 23 de dezembro de 2012

Do lido, o sublinhado ( 3 )











De Miguel Torga

Natal

Leio o teu nome
Na página da noite:
Menino Deus ...
E fico a meditar
No milagre dobrado
De ser Deus e menino
Em Deus não acredito.
Mas de ti como posso duvidar?
Todos os dias nascem
Meninos pobres em currais de gado.
Crianças que são ânsias alargadas
De horizontes pequenos.
Humanas alvoradas ...
A divindade é o menos.

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