A antiga igreja de S.Julião, em Lisboa, hoje propriedade do Banco de Portugal e ali a poucos metros dos Paços do Concelho alfacinha, tem, naturalmente, uma história. Reproduzo a que vem no folheto mandado imprimir pelo respectivo dono e fica o essencial quase dito:
"No século XVII, a igreja de S.Julião não se encontrava no local que ocupa hoje, mas sim a norte da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira (cruzamento da Rua de S.Julião com a Rua Augusta).
Com a destruição causada pelo terramoto de 1755, a igreja foi reconstruída no Largo de S.Julião, onde outrora se erguera a Patrialcal de D. João V, igualmente arrasada pela catástrofe.
A reconstrução da Igreja foi concluída em 1810. Seis anos depois, um incêndio destruiu o recheio do templo, que teve de sujeitar-se a novas obras de reconstrução, as quais se prolongaram até 1854.
Perfeitamente enquadrada na malha urbana da baixa lisboeta, pela pureza das suas linhas arquitectónicas e traça marcadamente pombalina, a Igreja de S.Julião constitui um bom exemplo dos templos construídos em finais do século XVIII.
Desde os anos 30 do século XX que a antiga igreja se encontra na posse do Banco de Portugal, altura em que foi dessacramentalizada e convertida em instalações de serviços, nomeadamente casa fortes e garagem.
Após o restauro finalizado em 2012, a igreja acolhe nas suas naves laterais uma nova valência do Banco, o Museu do Dinheiro, que abrirá ao público em 2013."
Para concluir: a chamada nova valência do Banco, em ano de Terramoto Financeiro, ou de uma sua réplica, vai abrir ao público com um nome provocador: Museu do Dinheiro. Não deve ser para ter graça, mas é o que vai acontecer. Regista-se.
- Ó Ramalho, Ramalho!... Manda esta gente toda para o ... para outro lado ... Que aqui é zona sísmica...
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