Vamos hoje a Lalé, a Loulé, queria eu dizer. E Loulé, escrevo bem, é daqueles localidades que, por mais que se enfeite, por mais que nas escolas se aprenda a ler, o nome que surge, quando se fala da cidade, para além de Duarte Pacheco, cuja estátua dá as boas vindas a quem chega, é o do poeta analfabeto António Aleixo. Quase como se não existisse igreja matriz, desde o tempo de D. Dinis, como se não houvesse uma igreja de Nossa Senhora da Conceição "com um frontal dos mais notáveis do Algarve", como se não estivesse visível o seu Convento da Graça, como se, embora com outro nome, não fosse possível entrar na outrora chamada Igreja de Nossa Senhora dos Pobres - o que domina as atenções do visitante, minimamente curioso da Cultura, é ... é o poeta popular (analfabeto?) António Aleixo, que ali nasceu e tem estátua.
Afinal, "Cultura é o que fica depois de se esquecer o que se aprendeu"
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