segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
inSEGURANÇA SOCIAL
Talvez, talvez, talvez ... as intenções sejam boas. Talvez a Crise passe. Mas o que não pode faltar são sinais de esperança. Se nos tirarem a Esperança, se, não só nas palavras, mas, sobretudo, nos actos, as Esperança se percebe distante, até pode acontecer que palavras como Salazar, nomes como Caetano, figuras como Carmona ou Américo Tomás entrem, subtilmente, no vocabulário surdo das eventuais vítimas. Não para as ressuscitar, claro, mas para as erguer num qualquer museu de cera - para que ninguém as esqueça. O que, por si só, seria péssimo, porque apagaria, pelas piores razões, a palavra Democracia do dicionário político contemporâneo português.
A Declaração que, anualmente, os reformados recebem em casa "devidamente assinada" pela Segurança Social a explicitar o valor das suas reformas, não tem qualquer referência aos novos valores que os jornais sublinham. Mas quando se vai ao Banco consultar o saldo da conta, o valor que lá se encontra como pensão, quando é menor, deve ter sido lá posto fazendo dos noticiários públicos a tal (nova) Declaração, a substituir a anterior recebida pelo correio, com a informação expressa de que ali se consagra a qualidade de "pensionista" com direito a ...
Não pode ser. As modificações, a existirem, têm que substituir, formalmente, pelos mesmos meios, com base em idêntico suporte físico, as anteriores. Sob pena ... sob pena de se pensar que, lá no fundo da cova, terá sido Salazar, ou um quejando, a actuar assim, sem cuidar de saber das consequências psíquicas e materiais de quem quer que seja ... Numa palavra: novos valores, novas Declarações escritas. Em nome da seriedade política.
Sem comentários:
Enviar um comentário