quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Oficina de NADAS, nas costas de Camões, em Lisboa


























Aqui, nas costas do Camões, os portugueses (e outros) que se sentam nos degraus da estátua tem um ar que varia entre o dos abandonados pela sorte e o dos convencidos da sua "razão". E embora muitos deles, se calhar, pensem que as falas e músicas que soltam (de uma nota só ...) são uma espécie de hino à liberdade, o certo é que, olhados com alguma demora, o que se verifica é que, julgando-se diferentes, são iguaizinhos aos monocórdicos frequentadores de lugares idênticos um pouco por todo o lado: uma viola, que podia ter apenas uma ou duas cordas, uma voz baladeira e convencida, uns quantos "entendidos" ao redor e ... e tédio, tédio às carradas - com cheiro a álcool ou droga. Em Lisboa, nas costas do Poeta, como noutras cidades europeias, por exemplo, sempre junto a um monumento de uma figura nacional das que constam, das que se aprendem (ou deviam aprender) a respeitar na escola. 

E assim se passam horas atrás de horas a produzir NADAS. Com o ar mais entendido que imaginar se possa.E a gente fica triste e tem as maiores dúvidas de que, a haver, quereria tal população aceitar um trabalho, um compromisso que exigisse barba na cara ...

Isto enquanto passam por ali sindicalistas e intelectuais com bandeiras soltas ou escondidas nas ideias a "armar" à opressão, à crise, à reclamação com base numa ideia, para que serve qualquer desordem mental ou outra para agitar - mesmo que "servida" pelos dos males que emanam daquela "alegre maneira de viver" que rejeita soluções. TODAS. Excepto as que, ali, são acompanhadas à viola de uma só corda.

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