Caro, caríssimo Poder
Em primeiro lugar, gostaria que soubesses que preferia tratar-te por querido Poder do que por caríssimo Poder...
É isso: a ser verdade o que, repetidamente, me dizem os muitos "e-mails" que recebo a teu respeito, a nota, sim, a nota, a salientar é que, enquanto aumentas impostos, te serves de carros das melhores marcas e altas cilindradas e comes quase de borla no refeitório da Assembleia, que é da República - tu e os teus familiares mais chegados, se der jeito. É o que aparece escrito por aí.
Ora, Caríssimo, não pode ser. Tens que dar o exemplo e rever o assunto, eventualmente, incómodo para as tuas finanças, mas, se abordado com seriedade importante do ponto de vista, sobretudo moral, para todos nós, que votamos. Não disfarces: vai às tuas remunerações, às tuas ajudas de custo, à cilindrada dos carros que puseram à tua disposição, aos jantares e almoços que ofereces, às viagens que fazes ao estrangeiro (quanto é que lá gastas, quanto?...) e depois, só depois ... aparece. Até lá, se fosse a ti, tinha vergonha de, quase todas as semanas, decretar cortes e mais cortes ao Zé e ... e, ou me demitia, ou seguia os passos do ... do antigo presidente Teixeira-Gomes, por exemplo.
Pensa nisto. E ainda que discretamente ... decreta discrição. Para ti e para os teus.
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