* in Os Portugueses no Mundo (1982)
"(...) Com a adesão à CEE a industria portuguesa deverá (...) saber aproveitar as oportunidades que decorrem das "indústrias do futuro" em que a Europa aposta, indústrias que alguém já designou por "locomotivas da tecnologia".É o caso da informática, do nuclear, da aeronáutica. Os novos investimentos no sector industrial deverão ser pensados também a esta luz, isto é, no sentido de ganhar posições nessas novas áreas de desenvolvimento da indústria europeia. E serão essas novas áreas de reforço da estrutura industrial portuguesa, de par com uma hábil e eficaz consolidação competitiva de alguns sectores industriais onde detemos maiores vantagens comparativas, que constituirão as metas da nova política industrial europeia. Política que deverá ter em conta de forma muito especial a inovação, no reconhecimento, hoje indiscutível, que é esse o parâmetro-chave para vencer a agudizada concorrência internacional. Tal como não poderá ignorar o estrato das pequenas e médias empresas, como a experiência da "crise económica mundial" o demonstrou por toda a parte - eliminando, contudo, toda a tentação de mitificar o conceito de PMC e de criar ou reforçar novas formas de distorção da concorrência."
Vítor Martins
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