Jorge Borges de Macedo
"(...) Em termos de concorrência, para a indústria, o Mercado Comum não vai tratar os industriais portugueses com mais meiguice do que eles foram tratados durante o século XIX. E a agricultura portuguesa não vai ter uma assistência técnica inferior à que teve durante tempos em que o progresso esteve ao sabor, como hoje, do autoritarismo doutrinário mais em voga.
Se recuarmos um pouco mais também encontramos com o Tratado de Methween (1703) uma situação de contrato económico semelhante: livre circulação dos tecidos ingleses em Portugal metropolitano, facilidades alfandegárias para os vinhos portugueses em Inglaterra. Evidentemente, nada disto era gratuito. De uma coisa, de facto, podemos ter a certeza histórica, embora pouco se fale nela: nada - e ainda bem - na Europa é gratuito. Nem o é, para os povos ensinados na Europa que está habituada a contar os cobres e a avaliar o trabalho e os serviços. (...) As vantagens pagam-se."
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