Sofia Ottone, expõe em Lisboa, na Sociedade Nacional de Belas-Artes e o pintor Jaime Silva apresenta, genericamente, os trabalhos expostos:
"A decisiva intervenção de Cézanne, no seu acto de re-fundação, alterou os termos deste equilíbrio, privilegiando a Cor e outra ordens de representação, ou até de não representação."
René Huyghe (*) in Diálogo com o Visível:
"(...) ao separar pela sua corrosiva análise os elementos até então solidamente confundidos: o contorno, a forma da cor; a cor da luz - o impressionismo arrojava o homem aos caos de onde se libertara por um rude labor. Sentiu-o Cézanne, ao tentar reproduzir a matéria de que é solidária, sem a forçar a casar-se com um volume, portanto um modelado, ou sequer uma linha de contorno. Do mesmo modo, a geração seguinte - de Gauguin e dos Nabis, em particular - passará, sem dificuldade, a um emprego da cor pela cor, da linha pela linha, pelo seu próprio manifestar-se, quase se poderia dizer pelo seu próprio prazer. E assim se dará o impulso ao cubismo e, após ele, à arte abstracta."
* Antigo Conservador-chefe honorário do Museu do Louvre
Posto isto, algumas fotografias de trabalhos de Sofia Ottone, expostos na SNBA
O Salão Químico
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