As mensagens que aqui são inseridas têm, se é que têm que ter, a "lógica" do quotidiano português, quiçá, alfacinha, mas, para quem as escreve, têm mais, têm LIBERDADE (a liberdade do teu dedo termina onde começa o meu nariz, li algures) e não estão, por isso, obrigadas a nenhum receituário político, explicita ou indirectamente, prescrito.
Basta!
A fotomontagem de hoje é a caricatura de uma conjuntura política ...
Mas reveja-se um texto do "caricaturado" em 1975:
"(...) Qual é a principal missão hoje do escritor, no nosso País? Parece-me que é tornar letrado o nosso Povo, explicar ao nosso Povo o que tem sido a vida dele, os problemas que tem à frente para vencer, o que é a Revolução, o que é a sua vida quotidiana neste momento da situação revolucionária: para mim é esta a missão principal do escritor e isso não significa que o escritor ao fazer um livro vá agora só falar de problemas económicos e políticos, de maneira nenhuma. Não se deve confundir essa coisa. O homem é um ser que tem uma série de facetas, e mesmo no homem mais político e mais económico ele também tem outros problemas, problemas da sua vida familiar, da educação dos seus filhos, tem problemas de ordem sexual, tem problemas de ordem espiritual."
Não sei, entretanto, o que pensa V.G., catedrático da Faculdade de Letras e mano do caricaturado em 1975, mas, na prática, o que se ouve aos discentes é que o homem é um V.G. com fortes semelhanças com o falecido mano ... Portanto, a reposição da fotomontagem de hoje é como que uma actualização familiar ...
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