quarta-feira, 24 de julho de 2013

Cartas ao Poder (3)

Exmo. Poder

Permite-me que te lembre a minha carta de 23 de Março último. Não lhe ligaste nenhuma e olha o que te aconteceu ... Eu bem sei que a sua leitura te obrigará a escolher uma zona esconça de um dos palácios que estão à tua guarda para a poderes ler com alguma tranquilidade. Mas não te aflijas, dá-lhe, por exemplo, uma vista de olhos quando o teu motorista te levar para casa. De resto, pedem-se-te coisas simples e de leitura rápida, que, embora muitos possam vir a gritar que são demagógicas, não ligues. Trata-se, em particular, da revisão das tuas remunerações e eventuais subsídios que, para serem razoáveis, deveriam seguir as mesmas regras gerais que são impostas ao Zé Comum, conheces?... E concordas, claro.

E é só isto que se me oferece dizer-te hoje, antes da tua tomada de posse. Jura que logo, no mais intimo de ti, juras isto - e eu ficarei feliz.

Respeitosamente,
um dos do Banco do (do, não!) de Jardim

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