segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Ainda a Lx Factory - ponto de encontro lisboeta

Continua afastado do centro de Lisboa, como estava quando era Anuário Comercial, em Alcântara, e era nos cheiros a "mesma coisa" que Diário de Notícias, na avenida da Liberdade. Mas insistem em complementar-se, agora nos objectivos: na avenida da Liberdade no meio dos melhores lugares onde vendem os últimos luxos e os odores são Paco Rabanne; em Alcântara, para fazer passar a ideia das antiguidades reformuladas, dos livros em segunda mão, das cadeiras e outros assentos feitos de caixotes pintados - ou nem isso... Sem preocupações aromáticas. Nos intervalos, entre máquinas inactivas, o recanto para "beber um copo". E chama a tudo LX FACTORY para "internacionalizar" o local e um empreendimento feito de restos de coisas ... Com efeito, sabe a quinquilharia, cheira a velho, não a sujo, tem pinturas que, não sendo de Almada Negreiros, como no Diário de Notícias, da avenida da Liberdade, são gritos de uma certa liber ... libert  ... libertinagem artistíca, que acaba por agradar à malta nova ... Que gosta desta espécie de lixo mais ou menos lavado, que lhe combata a sociedade de consumo do centro de Lisboa.

E assim sobrevive um espaço verdadeiramente antigo, com roupagem contemporânea, pintado de velho, com tintas sujas .... Se se quiser LX FACTORY é as traseiras de parte da avenida da Liberdade, uma certa (no caso, anárquica) rua Rodrigues Sampaio, para curtir a noite ... com o que sobrou das compras nas imediações do edifício do Diário de Notícias, de tão lavada e estimada fachada. 


Aliás, o Anuário Comercial sempre foi para o Diário de Notícias a oficina dos diversos, de uma certa "ferrugem" - que deu agora a LX FACTORY para os fartos da chamada sociedade de consumo. E, sinal dos tempos, sobrevive. "Descontrai", como agora se diz ... Com agrado, note-se.






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