sábado, 7 de setembro de 2013

A propósito do RETRATO 120/254 do Jornal Novo

Jornal Novo: GUINÉ-BISSAU - Dois anos de independência é o destaque d' hoje, aqui, onde se tentam lembrar factos que foram notícia, ou que ainda são notícia, ou que nunca seriam notícia ... noutros jornais ...

Não tenho à mão mais diários da época, mas tenho viva outra memória de um tempo que, por lá, não sei como está agora ... É a do que se ensinava depois da independência daquela ex-colónia portuguesa às ... às crianças da 3ª classe, por exemplo.

Estive em Bissau, comprei o livro para saber e vim a lê-lo no avião a caminho de Lisboa, onde aterrei - a pensar no que, em circunstâncias normais, deve ser o ensino das crianças cujos pais viveram a guerra. Na Guiné, em Moçambique, na América Latina, onde quer que tenha acontecido ... Isto é, depois dos tiros, depois das bombas, que mundo ensinar?...

Penso, pensamos ... e a resposta continua difícil - mas ninguém, na hora do lança-granadas se lembra do após ... Fala-se de honra, enche-se a boca de honra e tenta avançar-se no há-de ser ... "Melhor!", dirão sempre os das armas ainda fumegantes.

Entretanto, queimam-se gerações - e continuam a nascer crianças, para a transição a haver ... Finalmente em paz? Sim? Não? Talvez. Uma geração faz a guerra, outra "descansa" até que venha outra que faça de novo a guerra ... Há zonas do mundo assim ... E gente que sobrevive (?) assim ... Num mundo de céu nublado pelo fumo das armas que obrigam a fazer certos livros para as crianças das escolas PRIMÁRIAS.


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