... e, em 25 de Novembro de 1885, no Porto, recebia de Emília, sua noiva, o seguinte bilhete:
Dei-lhe os meus parabéns depois da meia-noite, hei-de dar-lhos a valer, logo, mas aproveito a ocasião para lhos dar mais uma vez.
O "bravo Ramalho" (vou tomando o seu estilo) sempre adiou a sua partida! é "uma flor"! decididamente!
Et vous, mon très cher? Hoje não quero esperar que me façafperguntas, mas digo-lhe de meu moto próprio que je vous aime.
Sua noiva
Emília.
Minha adorada Emília
O seu encantador bilhete não me veio acordar - mas veio-me fazer achar o dia mais bonito e a situação de "fazer anos" deliciosa. Merci de tout couer, mas douce chèrie et pour les parabéns - et pour le reste.
A pronta e brilhante "Ramalhal figura" comportou-se bem. Vou-lhe mandar dizer que deve estar em Santo Ovídio às 6.
Como para mim não é uma novidade dizer-lhe que je vous aime, nem que je vous adore, nem que je vous "rereadore" - direi modestamente que je vous embrasse bien e bien tendrement
tuus fidelis (c'est du latin)
em português
teu fiel,
JOSÉ
A Nudez Forte da Verdade
Original no jardim do Museu da Cidade de Lisboa
Cópia em bronze no Largo Barão de Quintela, em Lisboa (onde, antes de uma acção de vandalismo, estava o original)
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