Afinal, a árvore junto da qual me fotografaram, disseram-me há dias, não dá frutos, é bravia. Portanto, não vale pela sua continuidade, não assegura amanhãs. Não afiança uma suposta eternidade, que é, simbolicamente, com o livro, e o filho, "garantia filosófica" desse futuro.
Dizem-me agora (primeiro, sim, depois não ... Com medo de quê?...) que não me deixam, no mesmo local, substituir a árvore bravia por uma que o não seja ... Isto é, há quem, consciente de que alguém, sem mais nem menos, poderia ser ETERNO, mata-o à nascença: "NÃO ESTÁS AUTORIZADO A PLANTAR ALI UMA ÁRVORE QUE DÊ FRUTOS."
Isto é, o suposto dono do espaço envolvente, ciumento, e agora consciente da hipótese, poética ou não, de eternizar alguém - impede-o de VIVER sem tempo. Isto é MATA com medo de não saber viver, nem sequer filosoficamente. Fica escrito. Aqui, na NET, que proclamam ETERNA.
Já agora com a fotografia da que, mais dia menos dia, por bravia (e indesejada pelo dono (?) do espaço em que se insere), vai desaparecer.
1998 (ver "post" de 23 de Novembro p.p.) |
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