segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Não me lembro de ver tanta irritação latente ...

Ela é no autocarro. Ela é no supermercado. Ela é no trânsito. Ela é nas famílias. E quando não se vislumbram razões directas de irritação, aparece o fenómeno a que, salvo erro, os psicólogos chamam transferência. Transferência entre amigos, entre familiares. Entre conhecidos, por exemplo, na mesma fila para uma consulta médica. Na hierarquia familiar: filhos contra pais, pais contra filhos, netos contra avós, avós contra netos. Divórcios a propósito de nada ou de muita coisa que esteve à espera de uma oportunidade para "acontecer"... Descendências apanhadas na curva numa constante desconfiança a propósito do que se passa em redor... Transferências permanentes em todo o lado. Os que não fizeram mal, vítimas dos que foram maltratados por outros e ... e que precisam de arranjar "bombos da festa" para se "recomporem" ... A que ACRESCE o desemprego, os recursos em diminuição progressiva, a ausência de perspectivas, a saturação, as praxes académicas e outras que soam a oportunidades de vingança, de descargas violentas de um quotidiano cruel, implacável.

"A Esperança é possível!" Sim, é ... Mas num Mundo Novo.De gente com cabeças lavadas por dentro e... e  mãos limpas.


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