Eu acho que não é preciso ouvir grandes discursos numa qualquer Hollywood política, chame-se ela ONU ou parlamento nacional, para compreender alguns dos problemas cruciais do nosso tempo.
Repare-se neste diálogo, breve entre uma jovem turista portuguesa e um "capitão da areia" da Baía, que vendia tartarugas de infantário junto do Mercado Modelo (artesanato), à sombra dos baixos do Lacerda (elevador que liga a parte rasteira à parte alta daquela cidade brasileira).
Apelo do "capitão da areia", sorriso triste, mão abertas e unidas, em forma de concha, mostrando uma tartaruga-bebé à jovem turista portuguesa:
- Compra!... Compra!...
Resposta da portuguesa, protectora das espécies, ecológica, frequentadora de sofás e repastos:
- Não seria melhor deitares essa tartaruga ao mar e deixá-la viver em liberdade?...
Remate do "capitão", seco de lágrimas, em sentido:
- Senhora, mas eu preciso de a vender para matar a fome ...
Fim de papo.
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