terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Recortes do dito e do feito ( 3 )

DROGA

"Para a maior parte dos países, a droga é um produto importado. Sem papelada, sem marca de origem, sem alfândegas de premeio, sem exportadores conhecidos, sem intermediários com bilhete de identidade, mas, infelizmente, com consumidores em número crescente. Conhecem-se as áreas em que, à luz do dia, crescem as plantas que, reduzidas a pó, servem de matéria-prima à "mistela"; ninguém ignora a dependência económica de milhares e milhares de agricultores de uma tal "agricultura", mas ...

Mas, sendo um problema mundial, com ONU´s, CE´s e outras organizações de grande porte à mistura, não se vê ninguém lançar uma ajuda financeira e política universal que contribua para a reconversão desses campos que matam, primeiro, a fome a quem os trabalha, depois, tragicamente, a vida dos seus destinatários finais. Se não é fácil deitar a mão aos barões da droga, talvez seja menos difícil - nem que seja à força - cercar campos de cultivo das raízes de todo o mal que se conhece e transformá-los em herdades, quintas ou quintais de couves, que também dão pão, pelo menos, aos que, com ar faminto e dependente, surgem nas ilustrações dos jornais, na verdade, igualmente, têm direito à vida.

Em poucas palavras, mobilizar contra o consumo de droga, sim; prender os traficantes, sim; educar, com certeza; acabar com tais culturas, já! De outro modo, até parece que são os dirigentes dos países os grandes patrões do negócio ..."

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