domingo, 23 de março de 2014
Eu vivi, eu conto ...
O monumento que a imagem mostra é em Moscovo, não muito distante do hotel em que, integrado num grupo organizado pela então Associação de Amizade Portugal-URSS, pernoitei, "se bem me lembro", duas noites. E se é verdade que a necessidade aguça o engenho, também não é menos verdade que o insólito é provocador ... Foi o caso: cedo, muito cedo, antes do pequeno almoço a servir ao grupo em que me integrava, vesti uma t-shirt muitissimo colorida, onde se destacava, na frente, da cintura ao pescoço, a palavra PHILIPS, por cima de um enorme televisor a cores, e sai na direcção do monumento aos astronautas que se pode ver na ilustração.
No fundo, o que se pretendia saber era se era ou não verdade, como se dizia, aparecer sempre alguém a querer comprar o que dava nas vistas na ocidental indumentária (ver brevíssima referência, aqui, no dia 28 de Fevereiro de 2010).
Foi "tiro e queda": assim que dei a volta para a retaguarda do monumento ... não tardou a aparecer um potencial comprador ... Fiz sinal de que não vendia, continuei o meu caminho (aliás, havia na zona, por coincidência, uma estação do metro de Moscovo, e, portanto, um sair e entrar permanente de gente ...), vi o monumento meio a andar, meio a correr, e pus-me a caminho do hotel, onde mudei de roupa e ... e, ainda meio ensonado, fui, pacatamente, tomar o pequeno almoço com as minhas companheiras e companheiros de "excursão". Não me lembro se contei a história a alguém, mas penso que não, em homenagem a uma convivência que, obviamente, não queria perturbar por nada deste mundo ... Mas foi assim. Conto-o, aliás, de forma menos explícita, salvo erro, num velho livro de crónicas (de viagem, sobretudo).
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