"Eu não sei que resultados têm dado na preservação do "parquet" das salas do Palácio Imperial de Petrópolis, nos arredores do Rio de Janeiro, os chinelos de quarto que, logo à entrada, por cima dos sapatos, nos enfiam nos pés; o que sei é que, entre o Mondego e a Emídio Navarro, em Coimbra, não há calças ou saias que tenham conseguido evitar o invulgar desgaste de parte dos bancos de pedra que, rés ao muro, ali encontramos. Com efeito (fica o registo), há naquelas superfícies polidas o impressionante (acima do normal), e apaixonado, testemunho de minutos sem fim de nádegas moles em pedras duras... Enquanto, poeticamente, cá em baixo, desliza o rio, e, lá do alto do Penedo, continuam a chegar vozes que cantam amores que não persistem mais do que uma hora ...
Oh Lusa! Quantos amores, quantas horas!..."
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