.
O Alentejo que eu amoEm noite de feroz inspiração, o poeta foi passear pelo campo e, topando com um alentejano que contemplava o luar, disse-lhe:- És um amante do belo! Acaso já viste também os róseos-dourados dedos da aurora tecendo uma fímbria de luz pelo nascente, ou as sulfurosas ilhotas de sanguíneo vermelho pairando sobre um lago de fogo a esbrasear-se no poente, ou as nuvens como farrapos de brancura obumbrando a lua, que flutuaesquiva, sobre um céu soturno?- Ultimamente, não!... respondeu o alentejano pasmado.
Faz um ano que não me meto nos copos!...
Sem comentários:
Enviar um comentário